Rui Vitória apostou num meio-campo com Fejsa e Filipe Augusto de início nos últimos dois jogos, situação que é caso raro e novidade no Benfica, pois nunca antes os dois médios tinham começado uma partida ao mesmo tempo em campo. O sérvio e o brasileiro já coincidiram em campo quando o treinador dos encarnados decidiu dar maior consistência ao setor, mas no somente no decorrer dos jogos. Na última jornada da Primeira Liga, ambos alinharam com Jonas como homem mais à frente – no apoio a Seferovic – e diante do Manchester United foi Pizzi a funcionar como terceiro centrocampista.
Tendo em conta o momento recente menos positivo das ‘águias’, com um futebol pautado por alguma falta de “nota artística” no momento ofensivo e de inconsistência no processo defensivo, Rui Vitória tem vindo a demonstrar dar agora primazia a um meio-campo mais robusto. Foi o próprio timoneiro do emblema da Luz a admiti-lo logo após a partida frente ao Aves, mas a verdade é que também ao nível atacante a equipa mostrou melhorias quando comparada com a última ronda do campeonato, o empate a uma bola na Madeira, contra o Marítimo.
Embora o duelo com os insulares fosse, a priori, de um grau de dificuldade de nível mais elevado do que a deslocação à Vila da Aves, Rui Vitória optou por colocar Pizzi pela primeira vez no banco de suplentes desde 8 de novembro de 2015 e deu a titularidade a um jogador de características mais defensivas, Filipe Augusto. Ainda assim, os encarnados melhoraram ofensivamente do que contra o Marítimo, assim o demonstram os números. O Benfica esteve melhor na posse de bola (60%-53%), no número de remates (17-14) e também no número de pontapés de canto conquistados (11-8).
Também na eficácia de passe, o Benfica melhorou comparativamente com o empate na Madeira. No triunfo sobre o Aves, os encarnados registaram uma eficácia de passe no valor dos 84 por cento, em 508 passes realizados, ao passo que no jogo anterior da Primeira Liga tinha tido 69 por cento de eficácia em 403 passes efetuados. Assim sendo, foi percetível que as ‘águias’ tiveram também uma maior fluidez de jogo, pelo maior número de trocas de bola levadas a cabo pelos jogadores da equipa.
Com a próxima jornada a ter lugar na sexta-feira, diante do Feirense, em pleno Estádio da Luz, qual a solução ideal para Rui Vitória lançar em campo? Com Pizzi em quebra de rendimento num espaço de tempo mais recente, o timoneiro dos encarnados tem ainda em Krovinovic um jogador que pode ser utilizado na posição “oito”. O croata tem vindo a entrar na equipa a espaços e tem dado boa resposta. Porém, tem sido Filipe Augusto a surgir ao lado ou mesmo um pouco à frente de Fejsa no onze do Benfica. Será também assim na receção ao conjunto de Santa Maria da Feira?
