Pinto da Costa afirmou que o FC Porto não tinha como segurar Herrera e Brahimi, numa reação às críticas dos outros dois candidatos à presidência dos dragões.
A saída a custo zero de jogadores nucleares tem sido um dos 'cavalos de batalha' de Nuno Lobo e de José Fernando Rio, com Pinto da Costa a justificar esta noite, na entrevista ao Porto Canal, que foram Herrera e Brahimi a recusar continuar.
"É muito fácil, para quem não conhece as coisas (e não são obrigados a conhecer porque nunca passaram por cargos de responsabilidade no FC Porto), dizer que não deixam sair jogadores a custo zero", começou por enquadrar o presidente dos dragões, que se candidata a novo mandato.
Pinto da Costa lembrou que, "no tempo do Nuno Espírito Santo", Herrera era "uma persona non grata para todos os sócios do FC Porto", depois de cedido o canto num jogo com o Benfica que, "se calhar", custou o campeonato aos azuis e brancos.
"O Sérgio Conceição recuperou o Herrera, passou de indesejado a aceite e depois a jogador estimado querido, porque subiu imenso de rendimento", lembrou o dirigente.
E foi então que surgiu a revelação: há dois anos, quando o FC Porto tentou renovar com o internacional mexicano, este pediu "seis milhões e duzentos mil euros", garantiu Pinto da Costa.
"É impossível ter jogadores com esse nível salarial. Tentámos negociar, mas nesse ano não houve nenhum clube interessado nele", salientou.
Herrera recusou-se a renovar e o tempo foi decorrendo, tornando inevitável a saída a custo zero.
"O Brahimi foi parecido", acrescentou o presidente dos dragões.
Só que, ao contrário do que aconteceu com Herrera, o FC Porto nem sequer chegou a propor a renovação ao argelino.
"Sabíamos através dos empresários quanto ele queria. Era impossível", explicou Pinto da Costa.