O FC Porto afirmou ter "claras razões de queixa do trabalho da equipa de arbitragem" após a derrota com o Sporting, por 86-85, no quinto e derradeiro jogo do play-off de basquetebol. Em comunicado, os dragões falam num "título sonegado às claras" e consideram que o resultado foi "fortemente influenciado pelo árbitro Carlos Santos".
A principal reclamação dos azuis e brancos deve-se a uma decisão tomada quando faltavam 6,8 segundos para jogar, com o marcador a registar um empate (85-85) e estando a bola na posse dos dragões. "Após o desconto de tempo pedido por Moncho López, Garrett Nevels assumiu o lançamento e falhou, mas sofreu uma falta de James Ellisor que Carlos Santos deixou passar em claro", começou por referir o FC Porto.
"Na sequência, o mesmo árbitro assinalou falta a Eric Anderson Jr sobre Micah Downs no ressalto e ofereceu literalmente dois lances livres ao Sporting com menos de um segundo para jogar", acrescentaram os dragões, lembrando que "o FC Porto já não teve tempo para reagir" ao lance livre convertido por Micah Downs, uma vez que o atleta do Sporting falhou propositadamente os outros dois (o terceiro devido a uma falta técnica de Moncho López) para fazer esgotar o tempo.
"Tal como no primeiro jogo, o FC Porto saiu do Pavilhão João Rocha com claras razões de queixa do trabalho da equipa de arbitragem. E tal como no primeiro jogo, as decisões difíceis nos derradeiros instantes foram sempre a favor do Sporting, o que ajuda a explicar porque é que não foi o FC Porto a erguer o troféu de campeão nacional", reforçaram ainda os azuis e brancos.
A revolta portista começou a fazer-se sentir nos instantes finais do encontro, quando foi assinalada uma bola presa, da qual viria a resultar o empate dos leões (85-85), numa altura em que os azuis e brancos estavam em vantagem no marcador e se encontravam no ataque. A contestação intensificou-se com a marcação de uma falta, a favor do Sporting, no último segundo. O treinador, Moncho López, não escondeu a revolta, dando pontapés a um balde do lixo, a uma mesa e a cadeiras.
Após o apito final, nem treinador, nem jogadores do FC Porto estiveram disponíveis para falar à imprensa, com a equipa azul e branca a recolher ao balneário, enquanto a delegação do Sporting festejava a conquista do campeonato de basquetebol.
“Não vale a pena estar a falar dessas coisas, qualquer equipa podia ter ganho. Há outros treinadores que gostam de falar dos árbitros quando perdem, eu não gosto, não vou falar. O mérito todo é dos meus jogadores, que trabalharam imenso para dar esta alegria a todos os sócios do Sporting", respondeu o técnico leonino, Luís Magalhães, quando questionado sobre as queixas do FC Porto.
