A possibilidade de Cláudia Santos integrar a presidência do Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) continua a fazer correr muita tinta e Marques Mendes, ex-presidente do PSD e membro do Conselho de Estado, fala de uma "vergonha" e de "promiscuidade entre futebol e política".
"Pouca gente se apercebeu no país. Li uma, duas, três vezes e não queria acreditar", referiu Marques Mendes, em comentário na SIC, destacando que se trata de "uma deputada na Assembleia da República, quer ser deputada e presidente do CD da FPF".
Deixando claro que "não" tem "nada contra a deputada" e que "não está em causa a pessoa nem qualidades", Marques Mendes nota um "problema político e ético".
"Fiquei de cabelos em pé quando soube que já há projeto de parecer favorável da Comissão de Transparência da Assembleia".
Marques Mendes sublinhou ainda que a relação entre política e futebol "é má para todos" e mostrou-se preocupado com a imagem que poderá sair para o exterior dado que o CD da FPF é uma entidade que lida frequentemente com polémicas no futebol.
"Isto mina a imagem do Parlamento. É uma vergonha e é mau para todos", realçou no habitual espaço de comentário na SIC, destacando que esta deveria deixar o cargo de deputada no Parlamento para assumir funções no órgão desportivo.
A escolha de Cláudia Santos já mereceu reparos do FC Porto.
Na newsletter Dragões Diário, recentemente, o FC Porto criticou a nomeação de Cláudia Santos para o Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol, considerando a mesma como “perpetuação do grotesco”.
Cláudia Santos vai encabeçar a lista da candidatura de Fernando Gomes para o Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), atualmente liderado por José Manuel Meirim.
A professora universitária e deputada do PS e agora candidata a liderar o CD da FPF, para o mandato entre 2020 e 2024, num regresso ao futebol, dado que foi a primeira presidente da Comissão de Instrução e Inquéritos (CII) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), entre 2012 e 2017.
