Prolongamento
"Ainda mais se perspetiva um esvaziamento de funções de Rui Pedro Braz"
2022-05-06 16:15:00
"Relegado para posição mais secundária a partir do momento em que Lourenço Pereira Coelho regressou", diz Carlos Freitas

O Benfica já está de olhos colocados na nova temporada e ao nível da organização da estrutura encarnada são já visíveis alterações com Lourenço Pereira Coelho a acompanhar Rui Costa nas viagens ao estrangeiro para as tomadas de decisão relativas ao novo Benfica para 2022/23.

Carlos Freitas, antigo diretor do Sporting, acredita que Rui Pedro Braz está a perder espaço dentro da estrutura do futebol benfiquista e acredita que este está com um "esvaziamento" de funções. "Desde o princípio se tem percebido que não é alguém que seja unânime e consensual", afirma Carlos Freitas, acreditando que com a nova organização da estrutura do futebol das águias Rui Pedro Braz tenha margem reduzida.

"Com esta nova nomenclatura digamos assim ainda mais se perspetiva um esvaziamento de funções que naturalmente levará a outro tipo de decisões no futuro", salientou o antigo dirigente do Sporting, conhecedor das funções que um diretor-geral desempenha no futebol atual, certo de que Rui Pedro Braz acabará "relegado para uma posição mais secundária sobretudo a partir do momento em que Lourenço Pereira Coelho regressou ao Benfica".

Por outro lado, Carlos Freitas aproveitou também para comentar as declarações recentes de Jorge Jesus sobre a segunda passagem pelo Benfica.

"Custa-me admitir este tipo de declaração por parte de Jorge Jesus que é um profissional que eu conheço", começou por referir Carlos Freitas, que trabalhou com Jorge Jesus, acrescentando que não se consegue "rever" neste tipo de atitude.

"Não me consigo rever neste tipo de declaração, independentemente da paixão que se nutre por este ou aquele clube", salientou o antigo dirigente do Sporting, SC Braga e Vitória de Guimarães, entre outros emblemas.

Por conseguinte, Carlos Freitas sustenta que este "é o tipo de declaração que era escusada e que não dignifica ninguém", disse, falando ainda sobre a parte em que Jorge Jesus comentou o desentendimento que Pizzi teve com um dos elementos da equipa técnica então liderada por Jorge Jesus.

"Cai por terra a ideia que o Pizzi deixou numa entrevista recente de que mencionava uma relação ótima e cordial com Jorge Jesus", afirmou Carlos Freitas, dizendo que Jorge Jesus disse que "deixou de haver ambiente entre os dois a partir desse momento", aquando do jogo do Benfica frente ao FC Porto, no Estádio do Dragão, a contar para a Taça de Portugal, que os azuis e brancos acabariam por vencer, com Jorge Jesus a assistir num camarote ao duelo por estar suspenso.

Em relação a Jorge Jesus e à sua segunda passagem pela Luz, o treinador disse que quando Luís Filipe Vieira foi detido pelas autoridades e depois acabou por renunciar ao cargo, percebeu que tinha a sua margem de manobra mais curta na Luz.

Em declarações na SIC Notícias, Carlos Freitas diz que a relação de Jorge Jesus com a plateia da Luz esteve sempre longe de reunir unanimidade.

"O regresso promovido por Luís Filipe Vieira nunca foi um ato unânime no universo benfiquista. Essa relação ficou de alguma forma deteriorada aquando da passagem pelo Sporting e pelas declarações que Jorge Jesus aí produziu. Essa relação ficou hipotecada quando [Jorge Jesus] foi para o Sporting".

O antigo dirigente dos leões Carlos Freitas lembra que "a relação nunca foi de amor latente" entre Jorge Jesus e os adeptos do clube encarnado.