Rogério Alves diz entender a posição assumida pelo Sporting no caso do não pagamento da primeira tranche relativa à transferência de Rúben Amorim para Alvalade e diz "tem a ver exclusivamente com o tsunami, o ciclone que se abateu sobre a vida dos clubes".

O presidente da Mesa da Assembleia-Geral do Sporting justifica com o cenário de crise financeira, na sequência da pandemia de Covid-19 e diz compreender também a posição assumida por António Salvador.

"Que o Braga pugne por receber determinados montantes em determinados prazos", realçou, reconhecendo que a medida assumida por Frederico Varandas colhe a sua compreensão.

"Também compreendo muito bem a atitude do Sporting. A mesma lei que determina que os contratos têm de ser cumpridos pessoalmente tem exceções à regra, nomeadamente a alteração anormal das circunstância", referiu, em declarações à SportTV+.

O líder da Mesa da Assembleia-Geral verde e branca fala de "uma etiqueta jurídica".

"É difícil imaginar uma alteração mais radical que esta", realça Rogério Alves, garantindo que decorrem negociações para que a questão seja solucionada.

"A informação que tenho é que decorrem diálogos frutíferos e que as pessoas não se intrometam para estragar o que está a ser arranjado".

Rogério Alves assegura ainda que até que chegue o prazo final para o pagamento total, esse mesmo pagamento "ocorrerá".

"A informação foi-me transmitida por quem está a tratar deste dossiê".

Relativamente ao 'layoff' aplicado pela administração verde e branca, Rogério Alves diz também compreender à luz da "quebra violentíssima de receitas" na sequência da pandemia e vê estas medidas como uma espécie de "combate necessário a um flagelo".

O administrador da SAD do Sporting para a área financeira, Francisco Salgado Zenha, apontou o "contexto completamente anormal" provocado pela pandemia como justificação para o não pagamento da primeira prestação da transferência do treinador Rúben Amorim.

Já António Salvador deixou um aviso a Frederico Varandas, presidente do clube leonino, ao afirmar que os contratos são para se cumprir.

“Todos me conhecem, todos sabem o quanto defendo este clube e sobre isso as questões são muito bem claras, os contratos são para se cumprir. E é isso que vou sempre fazer, defender o clube nessas situações”, explicou António Salvador.