A Justiça volta a ser um tema dominante nos corredores do futebol nacional e, recentemente, César Boaventura, empresário de futebol, foi condenado na primeira instância pela Tribunal de Matosinhos que deu por provado que este tentou influenciar jogadores, em 2016, do Rio Ave, para facilitarem contra o Benfica, que acabaria por ser campeão nacional.

Os jogadores negaram os pedidos de César Boaventura, que clama por inocência e destaca que não cometeu aquilo que pelo qual o Tribunal de Matosinhos o condenou a uma pena suspensa.

Francisco J. Marques e o "poder anómalo" para "os mesmos de sempre"

César Boaventura já prometeu recorrer da decisão para outra instância de justiça e continua a afirmar que não fez aquilo que a investigação entendeu que César Boaventura terá feito. 

Neste contexto, Francisco J. Marques, diretor de Comunicação e Informação do FC Porto, diz que está atento ao que se vai passando no país e diz que está a ser "instalado" no futebol nacional "um poder anómalo" cujo objetivo, a seu ver, está identificado.

“Passados estes anos e até perante a inação das autoridades portuguesas, o que nós vemos é que está novamente instalado no futebol português um poder anómalo em benefício dos mesmos de sempre”, afirmou Francisco J. Marques, em declarações no Porto Canal.

Para o porta-voz dos azuis e brancos, os tempos atuais levam-no a temer que as coisas desportivamente possam não sorrir aos portistas perante o contexto que este v~e que está "instalado".

Diretor portista queixa-se de "inação das autoridades portuguesas"

De resto, Francisco J. Marques já se queixou, entre outras coisas, das arbitragens nos jogos do FC Porto e deixou no ar uma dúvida: "Porque razão é sempre o mesmo clube a ter maior prejuízo no futebol português? Isto é que deveriam falar publicamente”.

Francisco J. Marques, que recentemente disse que "o polvo está a emergir", já deixou reparos ao Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, numa fase em que o FC Porto está em terceiro lugar do campeonato com os rivais Sporting e Benfica a sete pontos de distância.

No caso do Sporting, a vantagem para o FC Porto poderá ser de 10 pontos, se os leões, de Rúben Amorim, vencerem o duelo que têm em atraso em Famalicão, que, recorde-se, foi adiado há poucas semanas por falta de elementos das forças de segurança que pudessem assegurar o patrulhamento do estádio para a realização da partida da I Liga.