Com a condenação em primeira instância de César Boaventura, no âmbito de um processo que investigou a tentativa do empresário, alegadamente, em corromper jogadores então do Rio Ave, no ano de 2016, Paulo Andrade, ex-dirigente do Sporting, pediu que as autoridades desportivas pudessem abrir um inquérito para averiguar a posição do Benfica.
Aquele ex-responsável verde e branco salientou que são "ene casos" que envolvem o nome do Benfica que, apesar de não ser condenado em nenhum deles, deveria, na ótica de Paulo Andrade ser avaliado pelas instâncias da justiça desportiva.
Diamantino diz que "ninguém do Benfica meteu 2 mil euros na conta de um árbitro"
Diamantino Miranda, antigo capitão do Benfica, ouviu na CMTV as palavras de Paulo Andrade e desafiou a justiça desportiva a analisar "todos" os casos que possam envolver vários clubes.
"A todos. Ao Cashball, aos envelopes", desafiou Diamantino Miranda, respondendo assim a Paulo Andrade. "Investiguem todas", vincou o antigo jogador de futebol, deixando uma lembrança ao leão.
"Aí, o Sporting não tem rigorosamente nada que ver. Mas do César Boaventura, aí já há convicção que foi mandado por alguém"
"Não me lembro de ninguém do Benfica ter metido dois mil euros na conta de um árbitro ou de um fiscal de linha, um árbitro auxiliar", atirou Diamantino Miranda, em alusão ao caso em que Paulo Pereira Cristóvão, então vice-presidente do Sporting, alegadamente, depositou dinheiro na conta de um árbitro auxiliar.
"Ele era vice-presidente de quem? Do Freixo de Espada à Cinta ou do Sporting?", perguntou Diamantino Miranda. "Era vice-presidente de um clube, vai meter dois mil euros na conta de um árbitro auxiliar, ou árbitro, não interessa".
"Aí, o Sporting não tem rigorosamente nada que ver. Mas do César Boaventura aí já há convicção que foi mandado por alguém. Não consigo perceber", reconheceu Diamantino Miranda.
"Três testemunhas que vieram prestar depoimento fizeram-no de forma contraditória"
Em relação ao processo que levou à condenação de César Boaventura, o empresário, pela voz do seu advogado, já fez saber que vai recorrer da decisão tomada na primeira instância.
"Há uma coisa indiscutível, as três testemunhas que vieram prestar depoimento fizeram-no de forma contraditória. A questão que se pode colocar é se essas contradições são, ou não, suficientes para por em causa a credibilidade desses depoimentos", disse o advogado de César Boaventura, em declarações prestadas aos jornalistas, citado pelo Diário de Notícias, depois de conhecida a decisão do Tribunal de Matosinhos.