O Benfica iniciou a pré-temporada tendo já em vista os compromissos de agosto, com destaque para a terceira pré-eliminatória de acesso à Liga dos Campeões. Ainda sem contar com vários internacionais, a disputarem o Euro2020 e a Copa América, os encarnados já apresentaram dois reforços para 2021/22: Rodrigo Pinho e Gil Dias.

“É um início de época tranquilo, discreto, quando não secreto. Parece-me que o Benfica está a fazer tudo bem. É o caminho correto e acredito que as coisas estão a ser bem feitas”, afirmou Sílvio Cervan, vice-presidente do Benfica.

“Apresenta os reforços quando eles acontecem, dá nota dos negócios quando eles acontecem e deixa a comunicação social, aquela que vive da especulação e de dizer mal do Benfica, um bocadinho sem tema e à procura de encontrar coisas”, justificou o dirigente, em declarações na BTV.

Olhando para o calendário da pré-temporada, o vice-presidente destacou o grau crescente de dificuldade dos jogos de preparação, medida planeada para permitir o crescimento da equipa até aos compromissos europeus de agosto.

“Vamos ter um calendário de pré-época bem organizado, com o nível sempre a subir, de forma a que daqui a um mês, quando chegar a terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, a equipa possa estar afinada. O nível das equipas vai subindo, isto está a ser bem preparado pela SAD e pelo Jorge Jesus”, explicou.

Sílvio Cervan insistiu na “confiança muito grande no trabalho que o treinador está a desenvolver”, frisando que Jorge Jesus, “de uma forma competente e séria”, tem colocado a equipa encarnada “no trilho correto”.

O Benfica parte para a época 2021/22 com a ambição de reconquistar o título nacional, ganho pelos rivais nos dois últimos anos. “Para o Benfica, dois anos sem ganhar o título de campeão nacional corresponde noutros emblemas a 10, 15, 18 anos. É mais ou menos a mesma coisa, dois anos para nós já é uma eternidade”, comentou.

Quanto aos reforços, o dirigente considerou Gil Dias 2um belíssimo elemento para compor o plantel”. “Tem uma idade já madura, é alguém que mostrou capacidade e competência, tem uma altura boa, fez uma boa época no Famalicão. Vem numa sucessão de empréstimos conseguidos, acho que é um jogador que acrescenta ao plantel”.

Já Rodrigo Pinho “mostrou no Marítimo ser um belíssimo jogador”. “Vamos ver como regressa desta mazela que ainda o apoquenta. São duas soluções interessantes para o plantel”, complementou.

Do plantel já não faz parte Jardel, um “grande campeão”. “Esteve nos quatro anos do tetra e foi sempre um profissional de mão cheia. O Benfica, quando consegue muitas conquistas, fica sempre associado a dois, três, quatros jogadores prodigiosos, mas esses jogadores prodigiosos são sempre acompanhados por jogadores com alma à Benfica, com raça à Benfica. O Jardel personificava essa mística, essa entrega, esse profissionalismo que exigimos nos profissionais do Benfica quando disputam títulos. O Jardel tem esse ADN do Benfica vencedor, de dar tudo e nunca virar a cara à luta”, concluiu Sílvio Cervan.