Antigo diretor de comunicação do Sporting, Nuno Saraiva concedeu uma entrevista ao jornal Record e falou sobre o seu tempo enquanto dirigente do clube leonino.
Nos dois anos enquanto responsável pela comunicação do Sporting, o ex-dirigente de 48 anos admite algumas falhas e que não foi, na verdadeira ascensão da palavra, um diretor de comunicação.
“Temos de olhar para o contexto. Entendo hoje que um diretor de comunicação não é necessariamente o que fui. Deve ter um papel menos presente, menos desgastante”, afirmou Saraiva.
O antigo dirigente acrescenta que há “um excesso de presença de diretores de comunicação” e que quem tem de estar presente “são os jogadores, treinadores e dirigentes”.
Em relação aos dirigentes, Nuno Saraiva trabalhou com Bruno de Carvalho, que esteve nos destinos do Sporting entre 2013 a 2018.
Nessa relação, Saraiva assume que foi, em algumas ocasiões, mais diretor de comunicação de Bruno de Carvalho do que do clube leonino.
“Em algumas circunstâncias admito que fui, e isso foi percecionado pelas pessoas, muito mais diretor de comunicação de Bruno de Carvalho do que do Sporting e isso foi um erro que admito que cometi”, revela o ex-dirigente.
Os últimos momentos da direção de Bruno de Carvalho ficaram marcados pelo ataque à Academia de Alcochete, bem como a Assembleia-Geral destitutiva que marcou a saída do ex-presidente.
Um período descrito por Nuno Saraiva como sendo “bastante conturbado, como sportinguista”.
“Foi um mês de grande intensidade informativa pelas piores razões. Pelo o que aconteceu em Alcochete, os ataques permanentes entre sportinguistas… E devo dizer que eu próprio protagonizei alguns dos quais me arrependo e me penitencio”, comentou.
Por fim, Nuno Saraiva indica que não fala com Bruno de Carvalho desde 2018 e que será sempre “um acérrimo defensor do Sporting”.