Portugal
“Está tudo a arder dentro do Sporting”, diz Bruno de Carvalho
2020-03-27 17:15:00
Ex-dirigente leonino volta à carga, em nova onda de críticas a Frederico Varandas

Na rubrica que criou nas redes sociais, Bruno de Carvalho voltou à carga, para atacar o presidente do Sporting, reiterando que quer “voltar ao cargo” agora ocupado por Frederico Varandas.

“Está tudo a arder dentro do Sporting, devido à incompetência total destas pessoas”, afirmou o ex-dirigente, numa análise à atualidade leonina, em particular as “promessas não cumpridas” por Frederico Varandas.

O alegado despedimento de profissionais da Loja Verde “é uma vergonha o Sporting”. “É uma vergonha estar a despedir funcionários numa altura em que se pede para que ninguém seja despedido”, defendeu.  

Para Bruno de Carvalho, Frederico Varandas está a ser “endeusado” pela comunicação social, apesar de “só fazer disparates no Sporting”.  

O facto de Varandas estar a servir o Exército, numa altura em que o mundo se concentra no combate ao Covid-19, resultou, segundo Bruno de Carvalho, “numa campanha de propaganda tremenda”.

“Foi servir Portugal... E a primeira medida que faz por telefone, no seu trabalho notívago, noturno, foi despedir funcionários da Loja Verde! Mas o futebol quer ser um exemplo, ou um bando de hipócritas, que eu denunciei durante cinco anos e meio? O Sporting, o meu clube de coração, anda a dar o péssimo exemplo de pedir ajudas ao Estado, enquanto despede pessoas. Não faz sentido”, diz.

“Vamos continuar a assobiar para o lado? O Varandas não pode ser presidente porque foi para o Exército. A sério? A sério que querem que eu comente que o Frederico Varandas deveria cair por ser chamado para o Exército? Ele deveria cair porque é incompetente. É um incompetente. De manhã, à tarde e à noite é um incompetente”, continuou.

A solução, segundo entende, está num regresso ao passado. “Quando disse aos sportinguistas que era candidato à presidência, disse que era um candidato pela positiva. Que estava aqui não para que os outros caiam, mas porque somos melhores”, insistiu.

Para Bruno de Carvalho, “o Sporting é uma guitarra muito grande” e a atual direção “não tem unhas para a tocar”. Nesse sentido, os adeptos devem dizer que “não quer esta direção mesquinha e bipolar”.

"Eles deixam o Sporting destruído para as pessoas não notarem na sua mediocridade. Se o Sporting estiver destruído, qualquer medíocre é rei, não é? Eu prefiro que o sporting não esteja destruído", apontou.  

O ex-presidente abordou ainda a indefinição nos campeonatos, que correm o risco de não chegar ao fim, em virtude da suspensão, provocada pela pandemia . Para Bruno de Carvalho, a solução é simples: “Joguem todos os dias, se necessário! Por amor de Deus... As pessoas também trabalham todos os dias! Não me venham com histórias...”.

“Façam um jogo de manhã e outro à tarde. Quando éramos miúdos, fazíamos assim. E até jogávamos à noite. Agora, vêm falar das várias alternativas... As várias alternativas é ganharem vergonha na cara. Vão jogar à bola... Vão jogar à bola!”, exclamou.

O ex-presidente leonino considera que o futebol profissional – com as exceções de alguns clubes da II Liga – é “um setor privilegiado” que não pode cair “ao primeiro abanão”.

Bruno de Carvalho considerou ainda que a prioridades dos dirigentes (em particular Pedro Proença, presidente da Liga), deveria ser os pequenos clubes, e não a Liga dos Campeões e o Campeonato da Europa.

“Numa situação de calamidade, o futebol tem todas as condições para ser um exemplo. E ser exemplar era estar menos preocupado consigo – tirando o futebol amador e algumas equipas da II Liga”, concluiu.