Numa altura em que as competições em Portugal se encontram suspensas, face ao surto de Covid-19, os clubes estão preocupados com o efeito da pandemia a nível das finanças.
A nível europeu, clubes como o Barcelona ou a Juventus já avançaram para o corte salarial dos seus jogadores, como forma de reduzir custos.
Nuno Pinto, lateral do Vitória de Setúbal, alerta para o impacto dos eventuais cortes salariais na vida da maioria dos jogadores, já que a maioria dos futebolistas profissionais em Portugal não têm um vencimento elevado.
“Tirando os três grandes e mais um ou outro clube que têm bons ordenados, as outras equipas têm ordenados normais. Nós não somos milionários e há que ter isso em atenção. Esta é uma profissão que termina rapidamente e é preciso juntar dinheiro”, afirmou Nuno Pinto ao programa ‘Bola Branca’ da Rádio Renascença.
Sobre a possibilidade de os atletas que terminam contrato esta temporada continuarem a jogar após o dia 30 de junho, debatida na reunião da passada quarta-feira entre a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e os clubes profissionais, Nuno Pinto refere que “prefere esperar” por uma decisão definitiva.
Ao mesmo tempo, o defesa admite a realização de encontros à porta fechada, ideia defendida por Pedro Proença, presidente da Liga Portugal.
“Não é bom para o espetáculo, mas esta é uma situação anormal”, apontou.