Prolongamento
"Enorme tentativa de vitimização do FC Porto, daí a cena da Liga do Vaticano"
2022-08-12 11:45:00
"Os bancos estão lá para dirigir não é para interferir nas decisões dos árbitros", diz ex-dirigente do Sporting

Carlos Barbosa da Cruz, antigo dirigente do Sporting, lamenta a retórica que tem sido feita desde a cidade do Porto por conta da posição assumida pelas equipas de arbitragem de tolerância zero em relação aos comportamentos dos elementos presentes nos bancos de suplente e bancos suplementares, que tem dado que falar sobretudo nas últimas temporadas.

"Parece que a história da tolerância zero tem o campeão como destinatário", lamentaram os dragões, dizendo ao mesmo tempo que a Liga portuguesa estará a tentar rivalizar com o campeonato do "Vaticano". "Queremos que o campeonato português rivalize com a Liga do Vaticano", indicou Francisco J. Marques, responsável pela Comunicação e Informação dos azuis e brancos, no canal oficial de televisão do clube liderado por Pinto da Costa.

Trata-se de uma "enorme tentativa de vitimização da comunicação do FC Porto", salienta o antigo dirigente do Sporting Carlos Barbosa da Cruz.

"Daí aquela cena do campeonato do Vaticano", acrescentou o antigo dirigente leonino Carlos Barbosa da Cruz, salientando que é preciso analisar esta situação à luz daquilo que é, a seu ver, o histórico de comportamento dos elementos do banco de suplentes do FC Porto, nomeadamente de Sérgio Conceição, segundo faz notar.

"O Conselho de Arbitragem emitiu diretivas para a nova época. E essas diretivas foram transmitidas a todos os agentes de futebol. Nessas diretivas consta que há tolerância zero para os excessos dos bancos", lembrou Carlos Barbosa da Cruz.

O ex-dirigente leonino falava em declarações no canal de televisão CMTV, onde recordou a "coreografia encenada" por Sérgio Conceição que tem um objetivo na interpretação do ex-dirigente verde e branco.

"Os excessos do Sérgio Conceição são uma coreografia encenada de condicionamento permanente de um árbitro. Ou seja, começam logo quando o jogo começa. E portanto, são muito mais do que, a meu ver, exteriorizações momentâneas e pontuais de discordância", salientou Carlos Barbosa da Cruz, enfatizando ainda que os bancos em Portugal devem tomar consciência de qual é o seu papel numa partida de futebol profissional.

"Os bancos não arbitram. Os bancos estão lá para dirigir não é para interferir nas decisões dos árbitros", concluiu o advogado Carlos Barbosa da Cruz, antigo dirigente do emblema lisboeta.

Antes do arranque oficial da temporada 2022/2023, recorde-se, o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol deu aos árbitros algumas recomendações, indicando-lhes que devem ter tolerância zero em relação ao comportamento dos vários elementos que estão presentes nos bancos de suplentes e suplementares.