Portugal
Tiago Silva não serviu para o Belenenses mas decide no Feirense
2017-08-27 18:15:00
Médio ofensivo apontou dois golos nas últimas duas jornadas e é uma das figuras da sensação chamada Feirense

Está emprestado pelo Belenenses ao Feirense e tem-se afirmado neste início de temporada como a grande figura do surpreendente Feirense liderado pelo não menos surpreendente Nuno Manta Santos. Tiago Silva não serviu para o clube do Restelo e seguiu para Santa Maria da Feira, onde brilha a grande altura. O médio ofensivo marcou dois golos nas duas últimas jornadas: decidiu o jogo com o FC Paços de Ferreira ao marcar o penálti nos derradeiros segundos da compensação e apontou o golo que deitou por terra qualquer veleidade do Desportivo de Chaves de chegar ao triunfo, consumando a vitória do Feirense por 2-0 em Trás-os-Montes.

Tiago Silva protagoniza um caso no mínimo diferente até pelo facto de viver uma realidade desportiva mais favorável no clube de empréstimo, que está a efetuar um melhor arraque de campeonato do que o clube de origem. O Belenenses é nesta fase décimo classificado com quatro pontos, decorrentes de um triunfo (sobre o Marítimo, por 1-0),  de um empate (a um golo com Vitória de Setúbal nesta jornada) e de duas derrotas, diante de Benfica (5-0) e Rio Ave (1-0); o Feirense é quinto, com dois triunfos, frente a FC Paços de Ferreira e GD Chaves, e dois empates, diante de CD Tondela (1-1) e Moreirense (0-0).

Natural de Lisboa, Tiago Silva, de 24 anos, é tido como um virtuoso que tanto pode jogar como médio ofensivo ou segundo avançado - o golo apontado ao Feirense, por exemplo, revela o oportunismo inerente a um dianteiro. O camisola 8 tem sido imprescindível na estratégia de Nuno Manta Santos e só não cumpriu a totalidade dos minutos num jogo (frente ao Moreirense em que saiu aos 80 minutos).

Tiago Silva fez formação no Benfica e, ainda com idade júnior, transferiu-se para o Belenenses em 2009/10. Daí para cá completou seis épocas com a camisola do clube do Restelo. Na última temporada, por exemplo, participou em 30 jogos tendo apontado quatro golos. Esta temporada, de forma algo surpreendente, rumou a Santa Maria da Feira onde é parte bastante ativa de um coletivo de sucesso.

Com o triunfo averbado em Chaves, o Feirense entrou noutro patamar da sua história, Nuno Manta Santos conduziu a equipa ao melhor arranque de sempre do curto historial no escalão maior do futebol português com oitos em quatro jornadas, correspondentes a dois triunfos e dois empates. Só os denominados três grandes e o Rio Ave têm melhor registo do que os fogaceiros.

Em cinco temporadas no convívio dos maiores, o melhor que o Feirense havia conseguido nas primeiras quatro jornadas teve lugar em 1962/63 e em 2016/16 com dois triunfos e duas derrotas.