Portugal
O Feirense venceu numa partida marcada pelas decisões de Rui Oliveira
2017-10-21 19:05:00
Perdeu-se a conta das vezes que Rui Oliveira recorreu ao videoárbitro

O regresso aos triunfos do Feirense ficou marcado pelas decisões de Rui Oliveira, o árbitro de uma partida que pôs lado a lado duas equipas com princípios bem claros: o Feirense num registo mais cauteloso com as linhas baixas e a apostar num jogo mais direto, e o Rio Ave a acreditar num jogo de posse assente num meio-campo de boa capacidade técnica. O título de homem do jogo vai, no entanto, para Rui Oliveira, pelas decisões que tomou, sobretudo na segunda parte.

O jogo começou, como se esperava, de forma muito equilibrada. Mais. Quem tem acompanhado estas duas equipas desde o início do campeonato, conseguiu, depois de alguns minutos de jogo, identificar um conjunto a apostar num bloco compacto e recuado e a explorar o jogo mais direto; e do outro lado, uma equipa a privilegiar a posse de bola com um estilo de jogo mais apoiado.

Ora bem, caiu que nem ginjas, a Nuno Manta Santos, o golo de Luís Rocha, aos 14 minutos. Estava como queria: a ganhar por um zero e com um adversário que gosta de ter a bola. Foi assim que o Feirense seguiu. Linhas juntas e jogo direto à procura do possante João Silva – o tal que andou pelo Everton e pelo futebol italiano – que se apoiava na vertigem e velocidade do nigeriano Etebo.

E foi, quando todos estavam nas posições corretas – o Feirense recuado e à espera, e o Rio Ave com bola -, que surgiu o agente que se viria a destacar de forma marcante no decorrer do que restava da partida: o videoárbitro. Rui Oliveira recorreu ao VAR para confirmar uma grande penalidade assinalada a favor do Rio Ave, falhada por Pelé, e que serviu para expulsar Luís Rocha, o autor da falta (corte com o braço).

O devaneio de Rui Oliveira surgiu na segunda parte. A poucos minutos dos 60 anulou um golo ao Rio Ave que não se percebeu o porquê depois de analisadas as repetições televisivas, o que valia a igualdade, e minutos mais tarde fez vista grossa a uma falta clara sobre Etebo na área do Rio Ave, mesmo depois de ter recorrido às imagens fornecidas pelo videoárbitro.

O VAR viria ainda a ser de bom uso para Rui Oliveira ao chamar o árbitro à atenção depois deste ter exibido apenas um cartão amarelo a Marcão. O árbitro da partida recorreu às imagens e mudou de opinião mostrando o vermelho direto ao central brasileiro do Rio Ave.

Um jogo que ficou para a história pelas decisões de uma equipa de arbitragem que decidiu mal, na grande maioria das vezes que foi chamada a intervir, quando o VAR esteve lá para mostrar o caminho.