Domingos Paciência, antigo avançado português, mostra-se desagradado com os moldes em que se aponta o regresso da I Liga.

"Este futebol perde tudo, perde emoção, é um futebol sem cor, sem aplausos, o golo é frio", descreve Domingos Paciência.

Em declarações na Renascença, o ex-atacante portista reforça que o regresso do campeonato no contexto da pandemia mostra "um futebol mais por obrigação" do que por "prazer" que possa dar aos jogadores.

No fundo, para Domingos não restam dúvidas de que "aquilo é quase um jogo treino".

Relativamente aos estádios escolhidos, Domingos Paciência não compreende esta indefinição e está curioso para perceber como será o desfecho desta situação.

"Estou para ver como vão decidir isto. Nunca haverá coerência porque há clubes nunca vão jogar em casa, outros lutam por objetivos de manutenção e querem jogar em casa ao ponto de impugnarem o campeonato".

Domingos reforça ainda a ideia de que, mesmo sem público, jogar em casa é uma vantagem, admitindo que os atletas têm "referências de dimensão" nos seus estádios.

"Os adeptos, é verdade que ajudam muito a equipa, mas continuo a dizer que existem muitas referências".

Em Portugal, as autoridades de saúde divulgaram um Código de Conduta onde são reveladas as condições para que seja retomado o campeonato.

Entre as medidas, os jogadores vão efetuar dois testes da covid-19 num período de 48 horas antes de cada jogo e têm, assim como árbitros e treinadores, que se manter em recolhimento domiciliário, podendo apenas sair para treinar ou jogar.

Na Bundesliga, no últim final de semana, jogou-se uma jornada com bancadas despidas, jogadores afastados nos bancos e com máscaras e com medidas sanitárias nunca antes vistas.