Sónia Carneiro, diretora da Liga, não compreende como é que alguns clubes decidem avançar para os tribunais após o fim na secretaria da II Liga, defendendo que o organismo liderado por Pedro Proença se limitou a cumprir ordens superiores.

"Por ironia do destino, é agora a Liga que é demandada em quatro ações judiciais dirigidas a esse término imposto pelo Governo, contra o qual lutou com armas desiguais e ficou vencida", revela Sónia Carneiro.

Num artigo de opinião que assina no jornal O Jogo, a diretora da Liga sublinha ainda que o Conselho de Ministros continua sem dar autorização para a realização de provas coletivas, com exceção da I Liga e da Taça de Portugal.

Reconhecendo que "tudo o que de mal pode acontecer a uma competição aconteceu à LigaPro", Sónia Carneiro sustenta ainda que terminar a temporada de forma precoce na secretaria acabou por permitir evitar perdas futuras.

De resto, a diretora da Liga considera que perante os dados que o organismo tem ao dia de hoje tratou-se de uma decisão "corajosa".

Agora resta esperar que os tribunais acabem por decidir se as decisões tomadas "merecem ou não censura". Mas de uma coisa Sónia Carneiro está segura: "Foram acertadas [as decisões]".

Os clubes do segundo escalão do futebol português reuniram-se recentemente, no Porto, com o presidente da Liga, Pedro Proença, para preparar a próxima temporada, após o cancelamento da competição em 2019/20 por causa da pandemia de covid-19.