Num certo clube histórico do Reino Unido, há um jogador português de 30 anos que se tem afirmado como titular indiscutível e que conquistou o seu espaço depois de já ter passado, ainda que sem grande sucesso, por FC Porto e Benfica. O seu nome é Daniel Candeias, o único que sobreviveu da importação de portugueses do Rangers em 2017/18, e Steven Gerrard, técnico dos protestantes, não prescinde da sua utilização regular.
Na época passada, o Rangers criou uma autêntica armada portuguesa no seu plantel. Com Pedro Caixinha a treinador, chegaram a Glasgow quatro jogadores lusitanos: Bruno Alves, Fábio Cardoso, Dálcio Gomes e Candeias. Destes, apenas Candeias resistiu à saída do técnico que hoje comanda os destinos dos mexicanos do Cruz Azul. Todos os outros abandonaram o clube, mas Candeias até assinou um novo contrato em março, renovando o seu vínculo com os escoceses até 2020.
O internacional pelas camadas jovens da Seleção Nacional pouco ou nada demorou a criar nome no Rangers. Foi titular em 41 jogos na temporada passada e suplente utilizado noutros quatro, somando oito golos (seis deles no campeonato) e um número bastante agradável de assistências. Chegou mesmo a faturar contra o Celtic, eterno rival do Rangers, ainda que não tenha sido o suficiente para evitar a derrota. Agora, em 2018/19, já leva 15 jogos (13 como titular) e um golo, tendo estado, por exemplo, na recente vitória do Rangers sobre o Hearts por 3-1.
Formado no FC Porto, tendo inclusive realizado vários jogos pela equipa principal dos azuis e brancos em 2008/09, Candeias jogou em vários clubes em Portugal. Contudo, foi no Nacional que ganhou mais notoriedade, tendo passado três temporadas com a camisola dos insulares no mais alto escalão do futebol português. Em 2014, o Benfica surpreendeu e contratou o extremo, mas este nunca fez parte do plantel encarnado e foi emprestado a quatro clubes em três temporadas: FC Nuremberga (Alemanha), Granada CF (Espanha), FC Metz (França) e Alanyaspor (Turquia). Desvinculou-se das águias em 2017, seguiu Pedro Caixinha, com quem havia trabalhado no Nacional, para a Escócia e foi a melhor decisão que tomou, quiçá, em toda a carreira.