Grande Futebol
O resistente português que conquistou Glasgow
2018-10-08 11:00:00
Candeias chegou ao Rangers com Pedro Caixinha e hoje é uma das peças mais importantes da equipa de Steven Gerrard

Num certo clube histórico do Reino Unido, há um jogador português de 30 anos que se tem afirmado como titular indiscutível e que conquistou o seu espaço depois de já ter passado, ainda que sem grande sucesso, por FC Porto e Benfica. O seu nome é Daniel Candeias, o único que sobreviveu da importação de portugueses do Rangers em 2017/18, e Steven Gerrard, técnico dos protestantes, não prescinde da sua utilização regular.

Na época passada, o Rangers criou uma autêntica armada portuguesa no seu plantel. Com Pedro Caixinha a treinador, chegaram a Glasgow quatro jogadores lusitanos: Bruno Alves, Fábio Cardoso, Dálcio Gomes e Candeias. Destes, apenas Candeias resistiu à saída do técnico que hoje comanda os destinos dos mexicanos do Cruz Azul. Todos os outros abandonaram o clube, mas Candeias até assinou um novo contrato em março, renovando o seu vínculo com os escoceses até 2020.

O internacional pelas camadas jovens da Seleção Nacional pouco ou nada demorou a criar nome no Rangers. Foi titular em 41 jogos na temporada passada e suplente utilizado noutros quatro, somando oito golos (seis deles no campeonato) e um número bastante agradável de assistências. Chegou mesmo a faturar contra o Celtic, eterno rival do Rangers, ainda que não tenha sido o suficiente para evitar a derrota. Agora, em 2018/19, já leva 15 jogos (13 como titular) e um golo, tendo estado, por exemplo, na recente vitória do Rangers sobre o Hearts por 3-1.

Formado no FC Porto, tendo inclusive realizado vários jogos pela equipa principal dos azuis e brancos em 2008/09, Candeias jogou em vários clubes em Portugal. Contudo, foi no Nacional que ganhou mais notoriedade, tendo passado três temporadas com a camisola dos insulares no mais alto escalão do futebol português. Em 2014, o Benfica surpreendeu e contratou o extremo, mas este nunca fez parte do plantel encarnado e foi emprestado a quatro clubes em três temporadas: FC Nuremberga (Alemanha), Granada CF (Espanha), FC Metz (França) e Alanyaspor (Turquia). Desvinculou-se das águias em 2017, seguiu Pedro Caixinha, com quem havia trabalhado no Nacional, para a Escócia e foi a melhor decisão que tomou, quiçá, em toda a carreira.