Não sendo uma fervorosa adepta de futebol, só um jogo muito especial poderia separar Sónia do seu filho de quatro meses (mesmo que já fosse o segundo), para ir ao estádio. “Estava mesmo a achar que aquele ia ser um momento especial para o Sporting”, conta. Era a final da Liga Europa, entre Sporting e CSKA de Moscovo, no Estádio de Alvalade, em 2005.
Marido, sogro e filhos têm lugar anual no Estádio e, por isso, a jornalista e autora do blog “Cocó na Fralda” acaba por também ir, por vezes, a Alvalade, ainda que confesse que na maior parte dos jogos está “meio adormecida”. “Normalmente não estou a ver nada e, quando é golo, sou a última a perceber”, mas naquele dia foi diferente. Lembra o esforço de tentar cantar mais alto do que os russos, que “eram ferozes e estavam mesmo ali ao lado”, e o golo do Sporting, por Rogério, na baliza mesmo à sua frente. “Foi incrível”.
O problema viria na segunda parte em que o CSKA marcaria três golos, por Aleksey Berezutskiy, Yuri Zhirkov e Vágner Love, e os adeptos russos acabariam mesmo por cantar mais alto no final. Já com mais de dez anos de distância para esse jogo, Sónia conclui: “Ficámos entusiasmados, mas não deu. Isto de ser sportinguista tem este drama.”