Visto da Bancada
José Alberto Costa (nº 104)
2017-09-17 12:30:00
Antigo extremo esquerdo do FC Porto não esquece a magia de Madjer na conquista da Taça dos Campeões de 1987

O golo de calcanhar de Madjer e a arrancada ao argelino para o remate certeiro de Juary na final da Taça dos Clubes Campeões Europeus de 27 de maio de 1987 ficarão para sempre na memória de José Alberto Costa, antigo extremo esquerdo do FC Porto, antigo treinador da Seleção Nacional de sub-21 e antigo adjunto de Carlos Queiroz no tempos do Sporting.

Costa tinha terminado a carreira pouco antes, em dezembro, quando rumou ao V. Guimarães e depois ao Marítimo, após anos sucessivos de dragão ao peito. "Fiz meia época no Marítimo e terminei a carreira devido a uma grave lesão", contextualiza o antigo internacional português, que uns meses depois estava em Viena na bancada a torcer pela equipa de sempre. "Foi uma segunda parte de sonho do FC Porto. Lembro-me perfeitamente de o Madjer se ter lesionado, ter sido assistido e mal entrou em campo, numa zona pertíssimo onde eu estava a ver o jogo, fazer a espectacular arrancada para oferecer o golo da vitória ao Juary".

Três minutos de magia, dos 77 aos 79 minutos, foram suficientes para o FC Porto dar a volta ao resultado, vencer o poderoso Bayern por 2-1 e trazer de Viena a primeira Taça dos Campeões da sua história. "Foi um jogo de momentos de únicos e o pós jogo também foi naturalmente para não mais esquecer. Lembro-me de o João Pinto nunca mais ter largado a Taça."

"Devia ter nascido três ou quatro anos mais tarde", refere ao Bancada José Alberto Costa, em jeito de brincadeira, ele que tantas tardes de glória viveu ao lado de Fernando Gomes e que esteve presente na final da Taça das Taças que os dragões perderam para a Juventus a 16 de maio de 1984, em Basileia, poucos anos antes, portanto.

Da célebre equipa de 1987, José Alberto Costa sublinha o grande coletivo do FC Porto, mas não se coibiu de destacar a classe de Futre e Madjer, jogadores "claramente acima da média."