Visto da Bancada
Jorge Silvério (nº87)
2017-08-27 11:50:00
Coordenador dos oficiais de ligação aos adeptos relembra o lado psicológico de uma partida da Seleção Nacional

Aos 66 minutos, João Moutinho quebrou a resistência dinamarquesa e marcou o primeiro e único golo do encontro com que Portugal derrotou a seleção nórdica, carimbando a qualificação para o Euro’2016, que viria a ganhar. Para quem estava na bancada foi, certamente uma experiência única. Também do ponto de vista psicológico, como nos confirma Jorge Silvério, professor doutor da área da psicologia e com grande ligação ao desporto.

“Do ponto de visto do que aconteceu depois, esse jogo entre Portugal e Dinamarca foi o mais importante que assisti”, começa por dizer-nos Jorge Silvério. “Ainda faltava mais um jogo, mas aí ficámos logo com a qualificação garantida, depois de termos começado mal. Do meu ponto de vista, e com um olhar mais de psicólogo, o mais importante foi superar a pressão que existia de termos de ganhar para garantir logo a qualificação em casa. Quer os jogadores como o selecionador Fernando Santos conseguiram lidar com a questão - golo foi já aos 66 minutos -, sendo que conseguimos aguentar e ter a capacidade para gerir o jogo, apesar do resultado estar 0-0 até perto do final”, relembra.

Como também exerce a função de coordenador dos oficiais de ligação aos adeptos da FPF, Jorge Silvério gosta de ter atenção ao que se passa nos relvados, mas também nas bancadas, frisando que o ambiente nessa partida era “fantástico”. “Normalmente os jogos da seleção gosto de ver no estádio, sobretudo devido ao ambiente. Devido às funções que tenho, estou muito atento ao que se passa à volta e não só no que se passa no relvado”, explica-nos.

“É muito diferente de estar a ver o jogo em casa no sofá, mesmo que seja com amigos, do que estar no estádio a ver a reação e os comportamentos das pessoas”, afirma o professor doutor, antes de deixar um conselho: “ir ao estádio é uma experiência que aconselho todas as pessoas a viverem, pelo menos, uma vez na vida”.