Visto da Bancada
Francisco Chaló (nº 114)
2017-09-30 12:30:00
Treinador do Académico de Viseu recorda a final da Taça UEFA de 2003 conquistada pelo FC Porto frente ao Celtic

Foram precisos 114 minutos, mas o FC Porto conquistou a Taça UEFA de 2003 derrotando o Celtic Glasgow por 3-2 após prolongamento. Francisco Chaló, treinador do Académico de Viseu, estava nessa noite tórrida de 21 de maio no Estádio Olímpico de Sevilla e destaca esse jogo como um dos que mais o marcou visto da bancada. Por causa de um pormenor.

“Tive o privilégio de poder estar presente a assistir a uma final europeia, o jogo foi entretido, teve vários momentos de emoção com o resultado a alternar-se e a partida a ir mesmo para prolongamento”, conta Chaló que destaca um episódio particular no tempo extra. “Eu, como treinador, estava a olhar para o jogo e a ver o Derlei que já não se conseguia mexer, cheio de câimbras, estava exausto, e quando tudo apontava para que ele viesse a sair, aliás era ele que ía sair, deu-se outra substituição, saiu o Capucho, aos 98’,  também exausto, para entrar o Marco Ferreira. O Derlei não se mexeu mais até ao fim do jogo, só que mesmo assim acabou por marcar o golo que valeu ao FC Porto a conquista da Taça UEFA, no último minuto! Foi um episódio marcante para mim, que estava a olhar para o jogo como treinador. Era o Derlei que estava para ser substituído…O Derlei era mesmo para sair, mas como entretanto estava outro jogador ainda pior do que ele, acabou por ficar em campo e mesmo não se conseguindo mexer marcou…”, reforça.

Francisco Chaló não resiste a apontar mais dois jogos marcantes na sua vida. Um deles, não na bancada mas pela televisão: a final da Taça dos Campeões Europeus de 1999 entre o Manchester United e o Bayern, que os ingleses venceram com dois golos mesmo ao cair do pano do jogo. Basler tinha marcado para a equipa alemã aos seis minutos e o triunfo da formação orientada por Alex Ferguson chegaria de rajada com dois golos aos 90+1’ por Sheringham e aos 90+3’ por Solskjaer. “Um golo no último segundo do jogo! A UEFA já tinha inscrito na taça o nome do Bayern!”.

O outro jogo que Chaló recorda é na condição de treinador no banco.  Uma vitória do Pedras Rubras frente ao FC Porto B por 5-3 depois de ter estado a perder por 3-1. “Se eu fosse espetador desse jogo, era capaz de o guardar como marcante. Ainda hoje, quando me encontro com o Domingos, que era o treinador do FC Porto B nessa altura, falamos sempre dessa partida”.