Visto da Bancada
Fernando Ribeiro (nº 62)
2017-08-01 16:25:00
O dia em que o FC Porto jogou frente ao Utrecht para a Taça UEFA no Estádio da Luz

Ser adepto do FC Porto em Lisboa nunca foi fácil, explicou ao Bancada, Fernando Ribeiro, vocalista dos Moonspell que viveu grande parte da sua adolescência na Brandoa, um bairro da Amadora, e recorda um jogo do FC Porto no qual os dragões venceram os holandeses do Utrecht 2-0 e que foi realizado no… Estádio da Luz.

A vitória do FC Porto na segunda mão da 1ª Eliminatória da Taça UEFA permitiu ao clube português seguir em frente na competição, mas o mais surpreendente neste duelo entre portugueses e holandeses nem terá sido o resultado da eliminatória: “O jogo da segunda mão foi no Estádio da Luz”, lembrou o Fernando Ribeiro. O FC Porto, porém, não foi além da eliminatória seguinte. Após a vitória perante o Utrecht, o sorteio ditou um confronto entre a equipa Pedroto e o Anderlecht. Uma eliminatória perdida logo na 1ª mão quando o FC Porto foi a Bruxelas perder por 4-0. O 3-2 conseguido em Portugal, já no Estádio das Antas, acabou por ser insuficiente para que os Azuis e Brancos seguissem em frente na Taça UEFA.

“Tenho ideia que o Estádio das Antas estava em obras e as relações entre os clubes não era como agora e o Benfica lá emprestou o Estádio da Luz ao FC Porto para jogar com o Utrecht”, disse.

Os tempos eram outros e Fernando recordou carinhosamente o facto de ter levado uma mochila cheia de comida para ele e para o pai para pouparem dinheiro nas refeições. O cantor lembra também que o Estádio da Luz estava um pouco despido de público, o que era natural, uma vez que adeptos portistas a viverem em Lisboa era algo pouco comum nos anos 80. Foi, aliás, a partir dos meados dos anos 80 que o FC Porto cresceu na sua expressão, tanto interna como externamente.

“Eu sinto que fiz parte desse crescimento. Como adepto, desse sonho de ver o FC Porto a surgir no panorama Europeu. Fomos à final da Taça das Taças em 84 e depois em 87 ganhámos a final da Liga dos Campeões contra a superpotência do futebol europeu, o Bayern. Aliás, a única vez que pude ir para escola, na Falagueira, com a camisola do FC Porto sem ser apedrejado foi no dia seguinte a termos ganho a final da Champions. Já havia respeito”, recorda entre risos.

Nota: Texto atualizado às 21h30