Visto da Bancada
Amílcar Fonseca (nº 143)
2017-11-02 12:30:00
Antiga glória de Estoril e Portimonense não esquece o jogo que trouxe o Oriental pela última vez à liga principal

O jogo que conduziu o Oriental pela última vez ao convívio dos maiores do nosso futebol ficou para sempre na memória de Amílcar Fonseca, antigo jogador de Estoril, Belenenses e Portimonense. "Fartei-me de chorar", lembra, acrescentando: "Sou orientalista e nunca esquecerei esse momento. Foi um Oriental-União de Coimbra, em 1972/73. As equipas estavam empatadas na liguilha de acesso à Primeira Divisão quando no último minuto o Luciano, esquerdino que jogou no Braga e no Belenenses, cruzou e o Candeias marcou, de cabeça, o golo decisivo."

Amílcar Fonseca ainda hoje recorda esse momento com emoção. "Era e sou ferrenho adepto do Oriental. Fui criado praticamente no campo do clube e ainda agora acompanho o clube. Era júnior quando isso aconteceu e tive depois a sorte de poder jogar na Primeira Divisão pelos seniores do Oriental."

Na época de subida, o Oriental ficaria no 12.º lugar garantindo a permanência no escalão maior do futebol português, onde ficaria até 1975. Do plantel do clube de Marvila faziam parte, além de Luciano e Candeias, jogadores como Carlos Azevedo, João António, Armando Gonçalves, José Carlos, António Leonel, Fernando Madeira, Quim e Vítor Móia.

Radicado em Portimão, Amílcar Fonseca não perdeu a oportunidade de presenciar no último fim de semana o Farense-Oriental, que os algarvios venceram por 1-0. "Fui ver o jogo e recebi, por parte do presidente, uma camisola do Oriental, com o meu nome inscrito. Fiquei muito emocionado com a atitude."

Amílcar Fonseca nasceu para o futebol no Oriental, passou por Estoril, Belenenses, Portimonense e Estrela da Amadora, tendo terminado a carreira de jogador ao serviço do Silves. Como treinador, orientou o Quarteirense, Portimonense, Imortal de Albufeira e Louletano.