Vamos diretos ao assunto: ser o melhor futebolista do Mundo não é o que faz mais fintas, porque, esses, quando as coisas correm mal, desistem e abandonam. Cristiano Ronaldo é o melhor do Mundo pelo seu carisma, porque consegue transportar, com ele, uma equipa, um país, um povo. E se mais provas fossem precisas para demonstrar que este rapaz é de outro Mundo, ontem tivemo-las. Ele sabe que ultimamente os livres diretos não lhe têm saído tão bem, é um facto, mas nem por isso, ontem, a dois minutos do fim do jogo, deixou de assumir aquela bola, consciente da importância que aquele momento poderia ter, e bateu confiante. O resultado? Um golo que ficará para sempre na história do futebol.

“Deixas-nos sem palavras”, é a manchete do jornal “A’Bola”. Portugal empatou a três golos com uma das grandes favoritas a vencer o Mundial, a Espanha - mesmo depois dos acontecimentos que terminaram com o afastamento de Julen Lopetegui -, e realmente foi um “espetáculo de um homem só” como nos conta o jornalista Fernando Gamito. Cristiano teve em todas: foi ele que sofreu o penálti que depois converteu no primeiro golo de Portugal, foi ele que, com um remate de pé esquerdo de fora da área - ainda que com um empurrãozinho de de Gea - fez o 2-1 para os lusos e foi ele que, já perto do fim, fez o terceiro golo português para colocar o resultado no 3-3.

“O bicho marca de qualquer lugar”, disse Diego Costa no final da partida, ele que é também um dos experts na arte de fazer golos, aliás, o hispano-brasileiro fez dois diante de Portugal. É verdade que durante muito tempo, a seleção nacional “andou a cheiro”, mas não é esta uma condição sine qua non dos adversários dos espanhóis? Isco, Iniesta, Silva, Thiago, ditam leis no que respeita ao controlo da bola e isso já se sabia, Portugal teria de ser eficaz e pode dizer-se que foi, apesar de Fernando Santos ter dado apenas um suficiente à sua equipa quando classificou a exibição de Portugal com um seis, de zero a dez.

Foi “divinal”, de facto, como escreve o “Record” para explicar o “hat-trick de Ronaldo numa noite histórica para o futebol português”. Mas nós vamos um pouco mais longe e arriscamo-nos a dizer que o que se passou no Estádio Olímpico de Fisht, em Sochi, vai perdurar nas páginas de ouro da história do futebol mundial. Enfim, estamos diante de um “monstro”, diz “O’Jogo”, “livre magistral salva seleção de um aperto”, acrescenta o mesmo diário desportivo que faz ainda uma chamada de primeira página para o facto de Cristiano Ronaldo ter batido ou igualado mais seis recordes. Mas afinal não é o que o rapaz sabe fazer?

Ora bem, horas antes, a seleção iraniana, orientada pelo português Carlos Queiroz havia vencido a congénere de Marrocos por 1-0 na outra partida do grupo B, valendo aos asiáticos a primeira posição do grupo. Dia 20 há um Irão-Espanha e um Portugal-Marrocos. Ainda sobre o Rússia’2018, no grupo A, o Uruguai sofreu para vencer o Egito que não pôde contar com a sua grande estrela, o avançado Mohamed Salah. Numa tarde pouco insiprada de Luis Suárez, foi o central Jose Giménez a fazer o único golo da partida já ao cair do pano.

Por cá, continua-se a escrever sobre a situação do Sporting, as intenções do Benfica em contratar Bruno Fernandes e Gelson Martins e o interesse do FC Porto em renovar com Maxi Pereira. O “Record” diz que foi a empresa Stellar quem “segurou Acuña”, o argentino que foi um dos envolvidos nas escaramuças com os adeptos do Sporting, mas que acabou por não rescindir com os leões. Sobre o Benfica, a mesma publicação refere as qualidade de Lema - possível reforço das águias para o centro da defesa -, “é um guerreiro com técnica”. E no FC Porto, as notícias avançadas pelo “Record” informam que Maxi vai ficar mais uma temporada.

Em Alvalade espera-se pelo treinador e segundo grande parte da imprensa, o nome mais próximo do banco dos leões é Sinisa Mihajlovic. O Bancada foi saber mais sobre o sérvio que não se esconde de uma boa polémica e conta-lhe tudo sobre um homem que um dia foi considerado o melhor marcador de livres do Mundo.

Mas há mais. Por exemplo, segundo “O’Jogo”, a “loucura” de que Luís Filipe Vieira falou - leia-se, contratar os jogadores que rescindiram com o Sporting - pode custar aos cofres da Luz cerca de 50 milhões de euros, entre prémios de assinatura e ordenados para Gelson e Bruno Fernandes. O mesmo jornal desportivo avança ainda com um pedido de indemnização de António Salvador ao Sporting devido à rescisão unilateral de Rodrigo Battaglia, uma vez que o SC Braga havia acordado com os leões uma fatia de uma eventual venda do jogador.

No Bancada as histórias são outras. Sabia que o golo inaugural do Mundial’2018, o do russo Yuri Gazinskiy frente à Arábia Saudita foi o primeiro, de um Mundial, a ser relatado oficialmente por uma mulher? Pois bem, nós contamos-lhe a história