Revista de Imprensa
A culpa foi do árbitro?
2018-09-28 09:30:00
Rui Vitória poderia ter falado, por exemplo, da má ação de Odysseas.

O destaque das manchetes desta sexta-feira é o empate do Benfica em Chaves, para a Liga Portuguesa. Nas manchetes, fala-se de um "dilúvio final", no jornal "A Bola", um "empate com sabor a derrota", no "Record", e "águia travada à bomba", no jornal "O Jogo". Rui Vitória atirou-se forte e indignadamente ao árbitro, João Capela, pela expulsão de Conti, e fugiu do que realmente interessava, enchendo o peito para criticar um árbitro que tomou uma decisão acertada. A entrada de Conti enquadra-se num tackle deslizante - feito a grande velocidade e de muito perto -, com sola levantada na direção da perna do adversário. A chuva pode ser uma atenuante, mas continua a tratar-se de uma falta grosseira e João Capela está perfeitamente defendido pelas leis. Podemos dizer que muitos lances semelhantes passam com amarelo? Sim, é verdade. Mas sobre este lance, em concreto, Rui Vitória - que certamente conhece as leis do jogo - deverá saber que não tem razão. E muito menos para vir com um discurso tão agressivo, sugerindo inclinações de campo e chefes de família vilipendiados.

"Respeitem-nos. Somos profissionais e chefes de família (...) o jogo não pode ser desequilibrado desta maneira (...) se eu dissesse tudo o que me vai na alma em relação a este árbitro, tínhamos muito por onde pegar", disse Rui Vitória. E ainda bem que o técnico encarnado não disse tudo o que lhe ia na alma, porque teria tido uma postura ainda mais bizarra. E, com o que disse, já disse o bastante.

Rui Vitória poderia ter falado, por exemplo, da má ação de Odysseas a fazer a barreira, no primeiro golo. A bola, chutada àquela distância, num livre, não pode entrar no lado do guarda-redes. E entrou porque Odysseas estava a meio da baliza, com receio de que aquela barreira não fosse suficiente. E não era.

Mas vamos à bola. O Sérgio Cavaleiro esteve de olho neste jogo e viu um Chaves ser melhor naquilo em que o Benfica costuma ser mais forte. Por cá, na Opinião Bancada, o Luís Santos Castelo analisou o que anda a fazer José Peseiro, no Sporting. O Gomes Ferreira ocupou o dia a contar a história incrível de Vaclik, guarda-redes do Sevilha FC, e a ver quem são os empresários que mais lucraram. Já o Sérgio foi ver quais eram, em 92, os 14 mandamentos do balneário do Manchester United

Hoje, é dia de mais bola. Bola grande. O FC Porto defronta o CD Tondela e Sérgio Conceição, tal como Rui Vitória, deu opinião sobre arbitragem. E, tal como Rui Vitória, teve uma opinião, no mínimo, estranha sobre o lance de Felipe, frente ao Vitória de Setúbal. Já Pepa, treinador do Tondela, não quer falar de autocarros. Por falar em FC Porto e CD Tondela, já viu as onze pistas para este jogo? Vá lá ver, que o nosso amigo Luís já as fez.

Lá fora, houve algumas coisas importantes, todas a envolver a UEFA. Primeiro, o castigo a Ronaldo, que ficará fora do jogo frente ao Young Boys (poderia ser bom para uns golinhos a granel), mas já poderá ir a Old Trafford. A UEFA nunca poderia despenalizar o português, pelo que um jogo de castigo parece ser o melhor que Ronaldo poderia ter. Bem resolvido pela UEFA. 

Depois, o organismo que rege o futebol europeu anunciou que vai utilizar o VAR na Liga dos Campeões, a partir da próxima temporada. Mais: anunciou que a Alemanha será a organizadora do Euro 2024, depois de um certame, em 2020, organizado em várias cidades europeias.

Vamos a umas rondas. Em Espanha, houve falhanço no ataque à liderança, enquanto, em Itália, houve mais uma escorregadela do AC Milan. No Brasil, já de madrugada, houve dedo de um Pokémon.

A terminar, duas notas a envolver o FC Barcelona. Primeiro, para dizer que o clube catalão vai mudar de símbolo. Depois, para dizer que a equipa foi fortemente criticada pelos adversários. Por último, para lhe trazermos a nossa lista diária, desta vez com... onze memes das derrotas do Barcelona e do Real Madrid.