Pinto de Costa voltou à carga pela regionalização, agora com um forte ataque à impunidade da classe política, em contraponto com o "desespero" dos pobres.
No editorial para a revista Dragões, o dirigente desportivo lembrou que "as regiões não saem do papel há quase 50 anos", apesar de estarem referidas, "desde 1976", na Constituição da República Portuguesa.
"A cada eleição e a cada tomada de posse, vemos políticos de vários partidos a jurar cumprir e fazer cumprir a Constituição, mas todos têm falhado neste compromisso. Apesar de desrespeitarem a lei fundamental do país, nada lhes acontece. A mesma sorte não têm os pobres que, por vezes, fazem coisas bem menos graves quando estão desesperados", salientou Pinto da Costa.
Enquanto se mantiver à frente do FC Porto, o clube será "uma força importante nessa luta por um país mais justo", prometeu o líder dos dragões.
"Falta vontade e coragem de levar para a frente a reforma que podia ajudar a diminuir os efeitos do centralismo crónico que asfixia o país que existe para cá e para lá de Lisboa", concluiu Pinto da Costa.