Prolongamento
Espinho. Não tem estádio mas não lhe falta a fé dos adeptos
2019-01-25 17:55:00
Os tigres alinham no Campeonato de Portugal

Longe vão os anos em que o Espinho andava no principal escalão do futebol nacional e contava com nomes como Nail Besirovi, Filó ou até Carlos Carvalhal. Apesar de alinharem numa divisão inferior há já várias épocas, os tigres, como são conhecidos, nunca caminham sozinhos e contam sempre com assistências relevantes nas bancadas, mesmo que não seja no Estádio Comendador Manuel de Oliveira Violas, o mítico "Campo da Avenida", mesmo que não tenham o cheiro a mar na sua 'casa'. Seja onde for, o longe se faz perto e os jogadores do Espinho contam sempre com uma forte falange de apoio como manda o bairrismo.

Num futebol onde tantos se queixam do poder tripartido entre Benfica, FC Porto e Sporting, que por força da história chegam até a ser apelidados de 'três grandes', há clubes que mostram que a grandeza se pode medir em diversas situações.

É certo que outros 'Espinhos' existem mas nas linhas seguintes dão foco à equipa vareira.

Pela paixão a um emblema, os adeptos do Espinho mantêm a tradição de caminhar ao lado do clube, mesmo que tenham que se deslocar para o Estádio do Bolhão, em Fiães, Santa Maria da Feira, mesmo que a sua 'casa' agora não se confunda com a rotina dos pescadores que durante tantos anos ajudaram a escrever a história de um clube que sempre navegou na onda da fidelidade dos adeptos.

Longe de 'casa' mas perto do coração, a raça vareira faz-se sentir com uma média de assistências invulgar, até em comparação com a presença de público em muitos jogos da Liga principal portuguesa, uma Liga que o Espinho pisou durante 11 temporadas.

O bairrismo espinhense nunca abandonou o clube que se despediu do principal escalão na temporada de 1996/97.

As adversidades têm sido várias mas o clube, que perdeu a casa, nunca perdeu o manto dos adeptos que os cobre contra as adversidades.

Fundado em 1914, o Sporting de Espinho segue com 31 pontos em 18 jornadas no Campeonato de Portugal, seguindo em quarto lugar na Serie B da prova.

No fundo, bem se pode dizer que o Espinho perdeu quase tudo mas manteve o essencial e o que faz dele um emblema especial na divisão onde está.

O Espinho não tem estádio, mas não lhe falta a fé dos adeptos que, com saudade, esperam que um dia os tigres voltem a jogar perto da brisa do mar, como era na antiga casa, onde as assistências eram sempre muitas, tal como agora.

Até lá, a fé prossegue nesta época como nas últimas.

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