Prolongamento
"Conheci este Rui Pinto como ladrão de bancos", revela Lobo Xavier
2019-04-06 00:05:00
"Se as acusações que ele faz são verdadeiras são todos ladrões", acrescentou o advogado

O advogado António Lobo Xavier manifestou uma posição "violenta" sobre a forma como Rui Pinto está a ser tratado, lembrando o percurso criminoso do colaborador do Football Leaks. "Muito antes de ele andar a purificar o futebol andava a roubar bancos", revelou.

Para uns, Rui Pinto é denunciante de crimes no futebol. Para outros, é um criminoso que roubou informação de clubes e outras entidades. Também há aqueles que vêem nele um colaborador da justiça fiscal.

Para António Lobo Xavier, advogado, comentador político e antigo deputado do CDS, Rui Pinto é... "um ladrão de bancos".

"Eu conheci este Rui Pinto, muito antes de ele andar a purificar o futebol andava a roubar bancou", revelou, no programa 'Circulatura do Quadrado', da TVI24.

"Se as coisas roubadas e reveladas são ponto de partida para as investigações, assim estou eu, este homem conheci-o como ladrão de bancos. A partir de um computador numa univeridade do Porto, que ele frequentava, descobriu-se que entrava nas contas de clientes de bancos e roubou dinheiro. Ele começou por aí, não começou a limpar balneários nem a trabalhar para a administração fiscal", reiterou.

Para o advogado, "roubar é sempre roubar", não importa a 'qualidade' ou quantidade: "Eu não sei se é verdade, se as acusações que ele faz são verdadeiras. Se forem, são todos ladrões, sejam jogadores de futebol, treinadores, empresários, o que quer que seja".

"Só não queria que fizéssemos uma biografia dele como se tivesse entrado no mundo da pirataria na base da limpeza do futebol", salientou: "Este homem conheci-o como ladrão de bancos, ponto. Foi possível recuperar o dinheiro, cerca de 200 mil euros dos 300 mil que ele roubou".

Segundo Lobo Xavier, as informações adquiridas por Rui Pinto de forma ilícita não devem ser validadas pelo tribunal.

"Eu tenho suspeitas de que há muitas coisas mal feitas no futebol, crimes. Mas o melhor então é pôr microfones nos balneários. Numa sociedade democrática, só interessa a verdade obtida por meios lícitos", explicou.