Prolongamento
Advogados de Rui Pinto querem afastamento de mais um juiz
2020-05-13 09:55:00
Defesa do hacker teme que imparcialidade possa estar em causa

Os advogados que defendem Rui Pinto entregaram um documento no Tribunal da Relação de Lisboa com um pedido de recusa da juíza Helena Leitão, que é uma das figuras da justiça portuguesa que faz parte do coletivo sorteado de três juízes para julgar o gaiense.

De acordo com o Expresso, na base deste pedido está o facto de Helena Leitão ser cliente do escritório de João Medeiros, que é assistente do processo e, recorde-se, foi um dos advogados que defendeu o Benfica no processo E-Toupeira.

Medeiros é assistente neste processo já que Rui Pinto terá roubado emails na altura em que o advogado exercia funções na PLMJ e, entre esses emails, podem estar mensagens trocadas entre João Medeiros e a juíza Helena Leitão.

Segundo o Expresso, a própria juíza já terá dado conta da relação "estritamente profissional" que tem com João Medeiros, que a defende num caso de difamação, na qual a juíza se sentiu ofendida por conta de um processo que liderou no Tribunal de Família de Almada.

Como esse processo está ainda pendente na justiça, a equipa de advogados de Rui Pinto entende que Helena Leitão e João Medeiros têm uma relação profissional ainda em vigor.

Caberá agora ao Tribunal da Relação de Lisboa tomar a decisão de manter ou afastar a juíza do grupo de magistrados que vão julgar Rui Pinto.

Anteriormente, recorde-se, já o juiz Paulo Registo pediu escusa do processo que irá julgar o hacker, dado que foram divulgadas declarações suas e manifestações de benfiquismo. Também, na altura, os advogados de Rui Pinto pediram o afastamento do juiz, numa decisão que ainda não foi tomada pela Relação de Lisboa.

Além de Helena Leitão e de Paulo Registo, também a juíza Ana Paula Conceição foi sorteada para julgar o alegado pirata informático.

Rui Pinto, que estava em prisão preventiva desde 22 de março de 2019, foi colocado em prisão domiciliária a 8 de abril, mas em habitações disponibilizadas pela Polícia Judiciária (PJ) e sem acesso à internet, com o despacho da juíza de instrução criminal (JIC) Cláudia Pina a justificar que o arguido apresenta “agora um sentido crítico e uma disponibilidade para colaborar com a justiça”.

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