A precisar de mais pontos do que os que tinha à entrada para esta jornada (apenas três), o Portimonense recebeu e bateu o Feirense por 2-1 na noite desta segunda-feira e o grande responsável pelo triunfo dos algarvios chama-se Shoya Nakajima, reforço para 2017/18 que marcou os primeiros dois golos com a camisola dos alvinegros. Com esta vitória, o Portimonense saiu da linha de água e ficou a dois pontos da equipa de Santa Maria da Feira, que soma oito.
O perfume japonês de Nakajima começou a espalhar-se pelo campo do Estádio Municipal de Portimão bem cedo na partida, com o pequeno extremo, de apenas 1,64 metros de altura, a dar muito trabalho aos defesas do Feirense. O asiático inaugurou mesmo o marcador aos 12', depois de uma jogada individual de Wellington e uma assistência de Paulinho. Nakajima beneficiou ainda de um desvio em Flávio Ramos, central do Feirense, que enganou Caio Secco e permitiu o golo da equipa da casa.
O Portimonense estava por cima e o trio formado por Pedro Sá (um dos melhores em campo. Agressivo, eficaz no passe e certo a defender), Ewerton e Paulinho ia engolindo toda a tentativa de jogo do Feirense, cuja equipa não conseguia, de forma alguma, chegar sequer perto da área dos de Portimão. Apesar da qualidade de jogo do Portimonense, que trocava a bola com qualidade e velocidade, o 2-0 chegou num lance de jogo direto e simples. Depois de um passe longo, Fabrício conquistou a bola entre os defesas do Feirense e lançou Nakajima. O nipónico, sozinho perante Caio Secco, picou a bola num gesto técnico de uma simplicidade e, ao mesmo tempo, habilidade assinalável.
Pouco mudou nos minutos seguintes, com o Portimonense a dominar e o Feirense a ver jogar. Contudo, num dos raros lances em que os fogaceiros se aproximaram da baliza de Ricardo Ferreira, houve golo de Etebo, o jogador de maior qualidade da equipa. O nigeriano voltou a faturar uma jornada depois de o ter feito contra o Sporting. O lance foi esporádico, dado que pouco depois os algarvios podiam ter marcado novamente mas nenhum dos dois remates de Fabrício viu o fundo das redes.
Na segunda parte, a toada continuou, ainda que a qualidade do jogo tenha diminuído. De um lado estava o Portimonense, que controlava o jogo como queria mas não arriscava como no primeiro tempo, enquanto do outro o Feirense tentava criar perigo, mas quase sempre sem sucesso. No entanto, Nakajima, Wellington e Fabrício podiam ter aumentado a vantagem da equipa de Vítor Oliveira, que esteve perto de ver dois pontos por um canudo quando Etebo fintou três adversários e, sozinho perante Ricardo Ferreira, rematou por cima. Foi uma das maiores oportunidades desperdiçadas em todo o encontro e que daria o empate ao Feirense.
Até ao final, Fabrício podia ter feito o 3-1 para o Portimonense e Kakuba esteve a centímetros do 2-2 para o Feirense, mas o marcador não viria a sofrer mais alterações até ao final. A vitória foi justa para a equipa da casa, que esteve sempre por cima dos visitantes, pouco inspirados na deslocação ao sul do país.
