Como seria de esperar de um jogo em que pouco mais há em jogo de que a honra e o orgulho, CD Tondela e Vitória de Guimarães proporcionaram um bom espetáculo de futebol onde os vimaranenses surgiram fortes e a pressionarem alto com destaque para Mattheus Oliveira, que apoiou, na perfeição, Rafael Martins. Já o CD Tondela foi surpreendido pela entrada forte do adversário e teve sempre muitas dificuldades em ligar o jogo ofensivo.
O Vitória entrou forte e pressionante. Conseguiu manter a bola no meio-campo ofensivo e poucas chances deu ao CD Tondela de ter o esférico. Heldon e Konan estiveram em particular evidência na primeira parte tal era a frequência com que a bola chegava a zonas de cruzamento. Em zonas de finalização, e apesar da grande eficácia de Rafael Martins que marcou os dois golos vimaranenses, no primeiro tempo, há que realçar o trabalho de Mattheus Oliveira.
O brasileiro, emprestado pelo Sporting ao Vitória de Guimarães, esteve muito bem no apoio de Rafael Martins e o próprio teve um par de ocasiões para marcar golo antes de surgir Rafael Martins. O ponta-de-lança do Vitória foi muito eficaz ao aproveitar uma falha de Cláudio Ramos e mais ainda quando transformou um lançamento lateral, para o Vitória, em golo. Mais uma vez, realce para o trabalho de Mattheus que, de cabeça, assistiu Rafael Martins.
A equipa de Pepa ia apresentado muitas dificuldades no processo ofensivo com os jogadores muito afastados uns dos outros. Neste capítulo notou-se a ausência de Tomané - por castigo -, exímio a segurar a bola, de costas para a baliza, permitindo a aproximação dos colegas. Hoje isso não aconteceu e o jogo da equipa sentiu-o.
Com o início da segunda parte deu a ideia de que o CD Tondela se havia empertigado, mas cedo se percebeu que seria sol de pouca dura. O Vitória de Guimarães voltou a pegar no jogo e foi conseguindo maneater a equipa de Pepa que nunca conseguiu fazer frente à equipa de José Peseiro.
O jogo ficou sentenciado com mais uma boa ação de Rafael Martins na área do CD Tondela. Incapaz de travar, legalmente, o avançado brasileiro do Vitória de Guimarães, Ricardo Costa faz falta na área para pontapé de penálti, prontamente assinalado por Hélder Malheiro, o árbitro da partida.
Com o avançar dos minutos, e com uma vantagem de dois golos, José Peseiro percebeu que era necessário amarrar o meio-campo. Retirou Paolo Hurtado e colocou em jogo o brasileiro Rafael Miranda. Não só deu mais critério ao jogo da equipa como permitiu que Mattheus Oliveira maior liberdade nas manobras ofensivas da equipa, oferecendo maior capacidade de retenção do esférico.
Na terceira substituição, José Peseiro mandou a jogo Óscar Estupiñan, para o lugar de Rafael Martins. O colombiano conseguiu estrear-se na lista de marcadores ao fazer o 4-1 final para o Vitória de Guimarães. A duas jornadas do fim e com a classificação definida para as duas equipas, assistiu-se a um jogo agradável, onde mais do que os três pontos, os treinadores, sobretudo José Peseiro, discutiram a sua continuidade à frente dos respetivos conjuntos.
