Bruno de Carvalho reagiu à ida de Luís Filipe Vieira às instalações da Polícia Judiciária (PJ) e criticou o tratamento que é dado pelo Ministério Público ao presidente do Benfica.

"Não me parece normal que, quando assistimos a pessoas que estão em julgamento cujo Ministério Público não teve interesse ouvir, quando assistimos a interrogatórios que são tornados públicos com violência, aparecem estas mordomias que vão sendo dadas...", referiu o ex-líder do Sporting.

"Eu jamais me veria em qualquer interrogatório a levar papéis preparados. Eu gosto de chegar e dizer a verdade independentemente das consequência. Sabemos as coisas que se passaram connosco e dizemos", acrescentou.

O ex-presidente do Sporting, em declarações no espaço de comentário na rádio 'Estádio', criticou aquilo que "são mordomias a mais". "Em qualquer país desenvolvido seria uma 'bandeira vermelha'. Isto não é positivo e algo não está bem".

Bruno de Carvalho lamentou a "amabilidade exagerada da PJ" e a "tentativa de branqueamento da imagem de Vieira na RTP", comentando a ida ao programa 'O Preço Certo', quando o líder encarnado derrotou os 'rivais' na roda do programa depois desta ter sido, estrategicamente, colocada no número 100, que é o mais elevado, e depois ter ido à montra final para vencer prémios solidários.

"Como prémio, a televisão pública levou-o ao 'O Preço Certo' para mostrar que é natalício e imaculado. Não me parece. Não comentaria se não fosse na televisão pública. Não foi um bom serviço público. Para toda a gente mesmo para quem é do Benfica, e isto não é o Benfica, foi uma manobra da RTP para branquear a imagem de Luís Filipe Vieira".

Bruno de Carvalho diz que qualquer dia "há Vieira e os outros", referiu, dizendo que não teve estas oportunidades. "Vieira tem tudo. Pode levar papelinhos, tem tempo, tem pessoas escondidas para ganhar a montra final. Tem que ter uma pessoa escondida, independentemente se o prémio é para ele ou não. É estranho".