Portugal
"O vírus também atacou os neurónios de muitas pessoas", diz Rui Alves
2020-05-21 21:00:00
Presidente do Nacional ataca decisão de Carlos Pereira

O presidente do Nacional classificou o pedido de impugnação do encerramento da II Liga, que pode comprometer a subida da equipa madeirense ao principal escalão, como uma "atitude desesperada" de Carlos Pereira.

"O vírus também atacou os neurónios de muitas pessoas. Nota-se uma certa atitude desesperada de quem intentou esta ação", declarou Rui Alves, em resposta ao presidente do Marítimo, o rival regional que apresentou o pedido de impugnação.

O dirigente do Nacional lembrou que a decisão de encerrar a II Liga e promover os dois primeiros classificados à data da suspensão da prova foi tomada pela "instância adequada" em resultado, "por um lado, de uma decisão política e, por outro, seguindo as orientações da UEFA".

"É uma ação despropositada e, não sendo juiz, penso que desprovida de qualquer possibilidade de êxito", insistiu.

Sem referir o nome de Carlos Pereira, o presidente do Marítimo, Rui Alves lamentou partilhar "espaço territorial com tal personagem".

"Os madeirenses, mesmo aqueles que são do clube da dita personalidade, devem sentir-se envergonhados com esta situação", continuou o presidente do Nacional.

"Esta personagem tem-se situado na agonia, num quadro absolutamente ridículo, com sucessivas contradições. Começou por ser um grande defensor da saúde pública até ser o único agente desportivo a querer jogos com público", insistiu.

“Os clubes [da II Liga] conciliaram com a Liga, envolvendo também os clubes da I Liga, e consensualizaram uma forma de serem ressarcidos financeiramente, uma vez que a decisão tinha sido no sentido de não colapsar a indústria e que aconteceria no caso da I Liga não retomar e, desse modo, houve uma grande sensibilidade de quase todos os clubes da I Liga, com a exceção de um. Não foram os clubes que acordaram a conclusão antecipada da competição”, afirmou Rui Alves.

Os apoios financeiros aos clubes, por parte do Governo regional madeirense, também estão em questão, com “mais um exemplo” do que acontece desde 1999, de acordo com o presidente ‘alvinegro’.

“É assumido desta forma publicamente aquilo que há muito tempo se tenta de forma habilidosa, que é patrocinar um determinado modelo de financiamento ao futebol profissional, no sentido da extinção da concorrência desportiva. A resiliência que o Nacional tem tido incomoda e ultrapassa os limites da instituição rival. Nós esperamos é que aqueles que nos representam estejam à altura das circunstâncias e da importância que tem o futebol profissional para a Madeira”, comentou.

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