Hélder Amaral, antigo deputado eleito pelo CDS e conhecido adepto do Sporting, admitiu a desilusão com o desempenho da direção liderada por Frederico Varandas.
Lembrando as conhecidas divisões internas no clube, Hélder Amaral considerou que o trabalho de Varandas tem apenas servido para acentuar essas clivagens.
"Mal comparado, o Sporting saiu de uma guerra", começou por explicar, em declarações ao programa 'Primeiro tempo', no canal de YouTube Rugido Verde, referindo-se ao período que se seguiu à destituição de Bruno de Carvalho.
"Era suposto" que quem viesse a seguir conseguisse "um sucesso relativo", tal como acontece na guerra, "porque sabia quais os problemas e as causas", continuou.
"De todos os candidatos, o que tinha obrigação de conhecer [os problemas do clube] por dentro chamava-se Frederico Varandas", porque era o diretor clínico, mas a ação de Varandas como presidente "traduziu-se em dividir o Sporting e, no limite, quase aniquilar" o clube de Alvalade.
"Tem sportinguismo e quer fazer melhor, mas não tem arte nem engenho", considerou.
Hélder Amaral apela a uma mudança profunda no clube, com uma direção capaz de manter "uma relação exigente e saudável com a imprensa, com os adeptos e com as claques".
"Temos de encontrar o nosso modelo. O Benfica encontrou um modelo, mesmo que o presidente tenha agarrado num sócio pelos colarinhos, e está a funcionar. O modelo do FC Porto teve alto sucesso, mas está esgotado, vai ter problemas", concluiu o ex-deputado.