Portugal
Varandas no Exército. Rogério Alves evita polémica e diz que vai analisar caso
2020-03-23 12:35:00
Capitão do Exército, Varandas passou a servir as forças armadas face ao Estado de Emergência

Frederico Varandas regressou ao Exército face à declaração de Estado de Emergência por parte de Marcelo Rebelo de Sousa e este cenário tem levantado dúvidas entre os sportinguistas sobre se, nesta altura, oficialmente, têm ou não presidente. Fonte ligada a Varandas esclarece a situação.

"Estamos a viver um momento absolutamente atípico. É nosso entendimento, e também de todos aqueles que consultámos, que a noção de estado de emergência prevista na Lei de Defesa Nacional refere-se, regra geral, a cenários de guerra e que podem implicar, nomeadamente, mobilizações, mudanças de cidade ou país de residência", explica fonte de Varandas, em declarações à revista 'Visão'.

A referida fonte, que não é identificada, sustenta que "o panorama atual é diferente".

"Estamos perante um cenário de pandemia declarada pela Organização Mundial de Saúde. E todos esperam que seja um período breve para que a vida possa retornar ‘à normalidade'", refere, não querendo comentar se Frederico Varandas poderá perder o mandato em Alvalade, caso o estado de emergência continue e, consequentemente, o militar tenha de continuar no Exército.

Já as Forças Armadas, por seu turno, destacam que o assunto sobre as dúvidas levantadas com a situação de Varandas, que tinha uma licença para estar na reserva, foi encaminhado "para os órgãos competentes a fim de ser analisado".

Ouvido pela 'Visão', Rogério Alves, presidente da Mesa da Assembleia-Geral, diz que "analisará a questão, quando ela lhe for suscitada, no local próprio e no momento adequado".

Na passada quinta-feira, o presidente do Sporting, Frederico Varandas, anunciou, em publicação no Instagram, que iria voltar a servir o país enquanto médico durante o estado de emergência, face ao surto de Covid-19 em Portugal.

Nesta altura, já existem movimentos em Alvalade que pedem uma clarificação deste cenário, alegando que nesta fase o líder não pode exercer outras funções "em acumulação" com os cargos diretivos que exerce no Sporting.