Portugal
"No caso do Sporting acaba por ser ainda mais ridículo e caricato", diz Varandas
2020-01-08 15:10:00
"Uma claque existe para apoiar o clube, sem pedir nada em troca", revela o presidente leonino

O presidente do Sporting, Frederico Varandas, exigiu hoje “responsabilidade individual” para os adeptos com comportamentos violentos, em vez de serem os clubes multados, considerando que estes têm “capacidade para identificar 90% dos adeptos”.

“Isto penaliza muito os clubes. No caso do Sporting, acaba por ser ainda mais ridículo e caricato. Esses adeptos atiram tochas para o nosso relvado, para os nossos jogadores”, realçou, acrescentando: “Para mim, é inqualificável ver grupos, em Alvalade, que não festejam um golo e que causam instabilidade à sua equipa de futebol. Isto é apoiar? Uma claque existe para apoiar o clube, sem pedir nada em troca”.

À saída de uma “reunião produtiva” com o secretário de Estado do Desporto e da Juventude, João Paulo Rebelo, e o secretário de Estado adjunto da Administração Interna, Antero Luís, Frederico Varandas assegurou que o Sporting vai “fazer esta luta, sozinho ou acompanhado”, apontando que é preciso “aprender a lição” com a invasão ao centro de treinos do clube, em Alcochete, a 15 de maio de 2018.

“Independentemente das rivalidades que têm de existir, há coisas superiores. Vejam o exemplo de Espanha, o que os ‘três grandes’ fizeram, a violência que deixou de existir. É preciso ter coragem? Claro que é. É cómodo, fácil? Não, não é”, expressou.

Na presidência dos ‘leões’ desde 9 de setembro de 2018, Frederico Varandas deixou a garantia que, no próximo ano, o Estádio José Alvalade “vai ser um espaço onde as famílias se vão sentir confortáveis”.

“Quero acreditar que novos tempos virão, onde haja mais eficácia e se consiga erradicar determinados comportamentos lamentáveis que afetam o desporto e a sociedade portuguesa. Existe hoje uma lei contra a violência no desporto, desde setembro em vigor, existe uma autoridade de prevenção, mas a lei em si não faz nada. Temos de aplicar a lei e agir”, disse.