Portugal
“Unanimidade entre os grandes é sinal que estamos a remar para o mesmo lado”
2020-04-29 16:20:00
Presidente do Santa Clara destaca a presença dos presidentes de Benfica, FC Porto e Sporting em São Bento

O presidente do Santa Clara, Rui Cordeiro, alerta que, caso os campeonatos não sejam reatados, que a saúde financeira de vários clubes portugueses pode estar em risco.

Em declarações à Renascença, o dirigente assume que esse cenário “seria um descalabro” e que o futebol português passaria por tempos difíceis.

“A sobrevivência da maior parte dos clubes da I Liga depende dessa retoma. O fim antecipado da época seria um descalabro e um rombo, não apenas para o Santa Clara. É fundamental que isso a retoma possa acontecer. Caso contrário, tempos muito negros, sombrios, irão abater-se sobre o futebol português”, afirmou Rui Cordeiro.

Na passada terça-feira, António Costa reuniu-se com os presidentes do FC Porto, Sporting, Benfica, Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) tendo em conta um eventual regresso dos campeonatos profissionais.

Rui Cordeiro acredita que “há condições para concluir” a I Liga e destaca a “unanimidade” entre os três grandes, um sinal que pode ser positivo para o futebol português.

“Eles representam grande parte da massa adepta e têm um peso institucional, enquanto referências. A unanimidade entre os três grandes é sinal que estamos a remar para o mesmo lado”, indicou.

Rui Cordeiro, indicou, na segunda-feira, que o Santa Clara quer disputar os restantes jogos do campeonato fora de casa, para “proteger a saúde dos açorianos”.

No entanto, o presidente espera que a decisão da retoma da I Liga seja célere.

“Começa a faltar tempo, mas acho que ainda é exequível. Agora, as decisões a serem tomadas têm de ser tomadas já, para que possamos, em tempo útil, preparar a logística, no nosso caso, e viajar para jogar o resto dos jogos no Continente”, salientou.

À saída de São Bento, Fernando Gomes, presidente da FPF, revelou aos jornalistas que o regresso dos campeonatos “está dependente das autoridades de saúde”.