Portugal
Un Petit peu de asneira individual et voilà: estreia arruinada
2018-02-18 19:10:00
Uma infantilidade de Belkeroui deitou tudo a perder para o Moreirense e o GD Chaves aproveitou.

E tudo Belkeroui destruiu e invalidou. Foi um Moreirense positivo aquele que recebeu o GD Chaves, mesmo que o momento atual do conjunto de Moreira de Cónegos não seja o mais positivo e tenha levado o clube a fazer regressar ao comando técnico da equipa, Petit. Em estreia amargurada, Petit viu ser um jogador seu a impedir o Moreirense de ser feliz, acabando ele próprio a assistir aos minutos finais da bancada após ordem de expulsão de Nuno Almeida. Até lá, houve um bom Moreirense a ameaçar a vitória perante um medíocre GD Chaves. Calhou a fava aos cónegos, porém. Para o Chaves, como o próprio Luís Castro reconheceu, valeu o resultado. E Belkeroui, claro.

Para Petit, o sentimento no final do encontro entre Moreirense e Chaves será, por certo, agridoce. Em tarde de regresso ao banco dos cónegos, Petit viu a sua equipa ser enérgica, anular o adversário com garra, intensidade e pressão constante. O Moreirense deixou boas sensações na estreia de Petit, deixou sinais positivos, mas perdeu. E, contas feitas no final, tudo se resumirá a quem conquistou mais pontos. Individualizar não é bonito, mas é certo que dificilmente o GD Chaves chegava à vitória em Moreira de Cónegos não fosse o deslize de Balkeroui aos 69 minutos. Na tentativa de fintar Bressan à entrada da área, Belkeroui perdeu o equilíbrio e acabou por derrubar o internacional bielorrusso já dentro da área numa decisão conjunta entre Nuno Almeida e Jorge Sousa, VAR do encontro e que vários minutos roubou à fluidez do jogo.

Até então, o domínio cónego foi quase absoluto. Uma verdade que nem Luís Castro ousou refutar no final da partida ao assinalar a “exibição muito fraca” que os flavienses fizeram. Como o próprio assumiu, faltou ritmo, arte e engenho, para conseguir descobrir espaços onde eles não pareceram existir – e, aqui, Boubacar foi imenso. O Chaves não ligou jogo e raramente pisou terrenos adiantados do campo de jogo. Rara exceção foi o remate de Filipe Melo logo após o início da segunda parte e, mesmo nessa situação, o remate surgiu do meio da rua. Filipe Melo ainda ameaçou uma mudança de paradigma no jogo, porém, à medida que a segunda parte avançaou, o Moreirense voltou a instalar-se no meio campo ofensivo e continuaram as dificuldades do GD Chaves em construir jogo de forma organizada, algo que se perpetuou até final.

Ao Chaves valeu Belkeroui, mas é certo que várias foram as chegadas promissoras à área de Ricardo que o Moreirense não aproveitou. Perante tal desperdício, a justiça parece relativa. É que, se na primeira parte Bilel, Edno e Tozé criaram calafrios e, na segunda, também Tozé e Edno foram perigosos, diz o povo que quem não marca se arrisca a sofrer. Os deuses do futebol sabem-no como ninguém e castigaram o desperdício cónego fazendo Belkeroui escorregar.

A vitória do GD Chaves em Moreira de Cónegos permitiu ao clube flaviense fazer história e responder da melhor forma à derrota sofrida na jornada passada. Pela primeira vez na história do clube flaviense, o Chaves venceu seis jogos fora de casa na mesma temporada. Um registo histórico que, como Luís Castro admitiu, lamentavelmente, não foi acompanhado por uma boa exibição. Pior, só mesmo o desfecho para o Moreirense. A exibição valeu de nada e o conjunto agora liderado por Petit instalou-se no fundo da tabela.