Ainda houve lugar para um susto inesperado, mas o triunfo nunca pareceu fugir ao FC Porto frente ao Moreirense, nesta quinta-feira de Taça de Portugal. O resultado de 2-1 não faz total jus àquilo que a equipa de Sérgio Conceição demonstrou dentro das quatro linhas, mas o controlo do jogo foi sempre a nota dominante para os azuis e brancos. Numa noite em que os dragões procederam a sete alterações no onze inicial, situação que também ocorreu em demasia do lado do Moreirense, o triunfo tem como resultado um confronto entre FC Porto e Sporting nas meias finais da prova rainha do futebol português. Como estão esses nervos?

O jogo nem começou a um ritmo muito elevado, nem teve oportunidades claras de golo no início, mas o FC Porto conseguiu chegar à vantagem logo na primeira vez em que surgiu com real perigo junto à baliza de Jhonatan. Aos nove minutos, Herrera respondeu de forma exímia a uma abertura de Soares e picou a bola sobre o guardião do Moreirense. 1-0 no resultado e do lance ficou demonstrada uma das principais características que poderão ser fulcrais em trazer Soares de novo ao onze habitual do FC Porto. O avançado brasileiro recorreu à garra e ao poderio físico para deixar para trás dois adversários e serviu na perfeição o colega de equipa.

Poucos minutos depois, mais precisamente aos 20’, novamente um mexicano a dar o ar de sua graça no encontro. Dessa feita, foi a vez de Layún fazer o gosto ao pé. Uma jogada de confusão na área da turma de Moreira de Cónegos, com vários cortes defensivos mal efetuados, o último deles da autoria de Rúben Lima, terminou com a bola a parar em frente a Layún e o mexicano do FC Porto, que hoje atuou na zona de meio-campo, rematou para o fundo das redes, com o esférico a acertar ainda no poste antes de entrar. 2-0 para os azuis e brancos, que jogavam ao ritmo do México. Ainda assim, o último terço do primeiro tempo deu lugar a uma situação díspar do que tinha acontecido em campo até então...

Nos últimos 15 minutos do primeiro tempo, o FC Porto baixou a intensidade de jogo, baixou um pouco (ou demais…) no terreno e o Moreirense - municiado por um inconformado Tozé, que queria ‘vingar-se’ da ex-equipa - aproveitou para ser presença mais assídua no meio-campo adversário. Não obstante, os dragões continuaram a ter o jogo na mão e foram para o intervalo com uma vantagem de dois golos.

O momento do susto e o resultado inevitável

O FC Porto começou a segunda parte a manter a toada dos primeiros 45 minutos do encontro, com o controlo e domínio do jogo, mas essa situação alterou-se com o passar do tempo. Até que chegou o susto para os dragões… pela cabeça de Edno, que estreou-se da melhor forma possível pelo Moreirense, com um golo frente a um dos crónicos três grandes do futebol português. Aos 73 minutos, o avançado do Moreirense reduziu para 2-1, com um cabeceamento em resposta a um cruzamento de Tozé. A turma de Moreira de Cónegos ainda tentou partir para a procura do empate, mas a resposta ficou curta, pois o FC Porto não tremeu e conseguiu assegurar um resultado que sempre pareceu ser inevitável no final dos 90 minutos. O Moreirense caiu da Taça de Portugal de cabeça erguida e ao FC Porto seguem-se dois clássicos contra o Sporting… ingredientes de luxo para a prova rainha do futebol português.