Portugal
Três argumentos para Ronaldo ficar fora do onze de Portugal em Andorra
2017-10-07 15:30:00
Questão disciplinar, relvado e recuperação física para terça-feira podem conduzir a uma rara imagem do capitão no banco.

Há vários argumentos a ter em conta para tentar perceber que onze vai Fernando Santos apresentar hoje, frente a Andorra, na "meia-final" de acesso ao Mundial de 2018. Um deles é a situação disciplinar dos jogadores. Outro é o relvado sintético do Estádio Nacional de Andorra-a-Velha. E outro ainda o pouco tempo disponível para a recuperação física antes da "final", com a Suíça. E todos apontam no mesmo sentido: é possível que Cristiano Ronaldo comece o jogo no banco, ficando a postos para qualquer eventualidade.

Os responsáveis da seleção não gostaram nada do que viram no piso sintético em que se vai jogar hoje. É mais a borracha do que a relva, dizia-se em surdina. E isso, além de dificultar o jogo técnico e feito de rápidas trocas de bola que habitualmente pratica a seleção nacional, vem aumentar o risco de lesões de impacto. Razão mais do que suficiente para que Santos acabe por proteger alguns jogadores que serão fulcrais no jogo com a Suíça. Chegará a proteção a Ronaldo?

E aí entram nas contas o segundo e o terceiro critérios: a questão disciplinar e a recuperação física para terça-feira. Ora Ronaldo é um dos seis portugueses para quem um cartão amarelo acarretará a suspensão para o jogo com a Suíça. Os outros são Cédric, José Fonte, Quaresma, Gelson e André Gomes. Não seria bizarro que nenhum deles alinhasse hoje de início, ainda que o facto de estarem em risco os dois extremos puros mais utilizados nos últimos tempos por Santos possa baralhar um pouco as contas.

Por fim, Fernando Santos terá de pensar nos jogadores cujo estado físico está mais periclitante e cuja recuperação seria mais difícil para depois aparecerem em grande na terça-feira. William Carvalho, por ser um médio mais pesado, e João Moutinho, que já não tem o fulgor de outras eras, podem por isso estar também na primeira linha para uma poupança. 

Claro que é preciso impedir que passe a ideia de menosprezo pelo adversário, mas a verdade é que mesmo assim Portugal iria apresentar um onze muito forte. Como por exemplo? Em 4x4x2, com Rui Patrício na baliza; Nélson Semedo, Pepe, Luís Neto e Eliseu na defesa; Danilo, atrás de Bernardo Silva, Bruno Fernandes e João Mário a meio-campo e Éder com André Silva na frente. Ou em 4x3x3, como esta equipa joga quando não tem Ronaldo, com tudo igual nos seis de trás, mas depois a passagem de Bernardo Silva para o lado esquerdo e a entrada de Gonçalo Guedes em vez de um dos pontas-de-lança, a partir da direita.