O Benfica já reagiu à decisão do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) em não levar a SAD encarnada a julgamento no âmbito do chamado processo 'E-toupeira'.

Desde logo, no comunicado tornado público no seu sítio oficial, o Benfica lembra que "a decisão judicial de hoje é definitiva" e recorda que "desde a primeira hora – e em todas as investigações judiciais em que foi envolvida – a Benfica SAD e seus mandatários sempre manifestaram total confiança nas decisões da Justiça".

A SAD benfiquista sustenta ainda que o processo decorreu sempre com "colaboração" entre esta SAD e "as instituições na descoberta da verdade, respeitando essas instituições e não comentando materialmente as decisões judiciais."

Na nota, que é assinada pela equipa de advogados da SAD e pelo conselho de administração, o clube da Luz "reafirma, como sempre o fez, a licitude dos seus atos e comportamentos, e reitera perante os seus sócios, adeptos e simpatizantes o compromisso de serenidade, confiança e determinação na defesa do seu bom-nome e na descoberta da verdade". 

O TRL decidiu manter a decisão da juíza Ana Peres, do Tribunal Central de Instrução Criminal, que já tinha ilibado a SAD encarnada na fase de instrução.

O MP interpôs recurso para o TRL, que foi distribuído ao juiz/relator Rui Teixeira, no qual o procurador Válter Alves defendia a pronúncia da SAD 'encarnada' por um crime de corrupção ativa, outro de oferta ou recebimento indevido de vantagem e 28 crimes de falsidade informática: os 30 crimes que constam da acusação por si proferida.

O processo segue agora para julgamento no Tribunal Central Criminal de Lisboa, no Campus da Justiça, com três arguidos (Paulo Gonçalves, Júlio Loureiro e José Silva).