A reintegração militar de Frederico Varandas tem levantado dúvidas, uma vez que o presidente do Sporting tinha dito que estava disponível para voltar a "servir" e o Exército ter adiantado, hoje, que tinha formalmente notificado o dirigente desportivo.

A questão tem agitado o meio leonino: afinal, Varandas voluntariou-se ou foi chamado de volta?

A dúvida ficou hoje desfeita, uma vez que o Sporting emitiu um comunicado a explicar, cronologicamente, como tudo sucedeu.

De acordo com o texto dos leões, foi Frederico Varandas quem contactou o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, a 16 de março, informando João Paulo Rebelo de que podia "contar com a ajuda do departamento médico do Sporting e do próprio, Frederico Varandas, no combate à covid-19".

Nessa conversa, o presidente do Sporting cedeu também o Pavilhão João Rocha e o campo sintético ao lado para um eventual hospital de campanha.

Dois dias mais tarde, Frederico Varandas contactou "o brigadeiro-general Jácome de Castro", diretor de Saúde Militar do EMGFA, "no sentido de voluntariar-se para ajudar no combate à pandemia mundial atual e sem qualquer convocatória por parte do Exército".

Ontem, o presidente do Sporting foi "contactado telefonicamente pelo Exército a confirmar a sua participação na luta contra a pandemia do novo coronavírus", mas sem ter então recebido qualquer notificação "por carta oficial".

"Hoje, dia 23 de março, os serviços do hospital das Forças Armadas telefonicamente solicitaram a Frederico Varandas o pedido para fazer o requerimento de acumulação de funções, dado o carácter excepcional do presente estado de emergência vigente. Frederico Varandas está orgulhoso e honrado por mais uma vez poder servir o país", finalizou o Sporting.