Dois anos após o ataque à Academia do Sporting, Sousa Cintra, ex-presidente da Comissão de Gestão do clube, após a destituição de Bruno de Carvalho, não quer ouvir falar dos acontecimentos ocorridos em 2018 e deixa um aviso para o universo leonino.
“Há coisas que devemos esquecer. As coisas boas são para ser recordar, as menos boas não são para lembrar. Isso não é um assunto muito bom, faz parte do passado e nem me quero recordar”, afirmou Sousa Cintra ao jornal Record.
O período de Sousa Cintra enquanto presidente ficou marcado pela resolução dos casos dos jogadores que rescindiram contrato de forma unilateral com o Sporting.
Destacando-se o regresso de Bruno Fernandes e Bas Dost ao emblema verde e branco, o antigo dirigente dos leões considera que fez “aquilo que foi possível fazer”.
“Sabem todos que vivo o Sporting de alma e coração. É o clube do meu coração e vivo a paixão pelo clube. Serviria sempre o Sporting até à morte. Fiz aquilo que foi possível fazer, dentro das possibilidades e estou satisfeito”, salientou.
Em setembro de 2018, Frederico Varandas assumiu os destinos do Sporting, cujo trabalho merece críticas por parte de Sousa Cintra.
Segundo o antigo dirigente, Varandas desfez o plantel montado para a temporada 2018/19, que tinha José Peseiro como treinador dos leões.
“Só tenho pena de não termos sido campeões e isso é culpa do presidente atual. Se não tivesse desfeito a equipa que estava montada, se calhar tínhamos ganho o campeonato”, referiu Sousa Cintra, acrescentando que, quando entregou a “pasta” ao atual timoneiro do Sporting, o clube estava no primeiro lugar.
Ao mesmo tempo, o ex-presidente relembra que Varandas despediu José Peseiro “quando estava a dois pontos” do líder e com os objetivos “perfeitamente ao alcance”.
Sérgio Abrantes Mendes, antigo presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting, lamenta o mal que Bruno de Carvalho fez ao clube, indicando que “ainda bem que o meu pai não é vivo” para ver “obra” do ex-líder dos leões.
Por outro lado, Hélder Amaral, ex-deputado do CDS e confesso adepto do Sporting”, pensa que Bruno de Carvalho era, na altura, o homem certo no lugar certo.
“Confesso que fui um daqueles egoístas que acharam ‘dá-me jeito ter um maluco como o Bruno de Carvalho à frente do Sporting’”, afirmou Hélder Amaral.