O Coimbrões, de Gaia, vai receber o FC Porto, para a Taça de Portugal, no estádio Dr. Jorge Sampaio (sábado, 18h45), no mesmo município, mas que não é a casa da equipa gaiense.

O capitão do Coimbrões, Pedro Tavares, assumiu que discordou da mudança.

"Para mim, se pudesse, jogaria aqui, por tudo o que envolve o jogo. Se não fossem 8000, seriam 2000", afirmou o jogador, em entrevista à Renascença.

"A Taça deve ser jogada no recinto das equipas", defendeu: "Sou contra ir para campos emprestados, porque assim a Taça perde o seu sentido. Jogamos no sintético e também arriscamos lesões".

"Devia ser aqui. É por isso que as equipas grandes jogam fora", reforçou.

Pedro Tavares, de 33 anos, está há 13 épocas no Coimbrões, mas na formação passou pelo adversário de sábado. O jogo da terceira eliminatória da Taça de Portugal será "especial por ter jogado lá e por ser adepto do clube", assumiu.

Aos adeptos do Coimbrões, deixou uma garantia: "A partir do momento em que começa o jogo e o árbitro apita, esquecemos isso tudo e não há clube do coração. Queremos o melhor para o Coimbrões".

A equipa de Gaia até parte em 'vantagem' por não ter qualquer pressão, uma vez que defronta "uma das melhores equipas da Europa".

"Já joguei contra equipas de divisões inferiores e há sempre um desleixo, mesmo que não queiram. Acham que o golo chega sempre mais cedo ou mais tarde e vamos tentar aproveitar isso", acrescentou.

Pela frente, Pedro Tavares poderá ter um internacional brasileiro.

"É diferente jogar contra o Alex Telles ou outro lateral deste campeonato. É um craque, é diferente, mas não vejo por aí. É um jogador normal e vou tentar final, pelo menos [risos]. Vai ser muito difícil, mas vamos tentar divertir-nos", concluiu o capitão do Coimbrões.