Convidado a comentar as recentes declarações de Pinto da Costa sobre Herrera, em que o presidente do FC Porto revelou que o mexicano "pediu seis milhões para renovar", Sérgio Conceição escolheu não proferir nenhuma opinião, assegurando que esse não é um tema presente nos treinos da equipa.

"Em todos os clubes acontece. No ano passado tivemos a mesma coisa com um ou outro jogador. O presidente é soberano. É o nosso presidente, temos de aceitar e não comentar. Tive a oportunidade de falar com o Herrera sobre o jogo e o treino e não falei sobre nada daquilo que foi comentado pela imprensa. Há sempre uma palavra ou outra nesse sentido, mas o nosso foco é o jogo de amanhã com o Vila Real. Tudo aquilo que são contratos e tudo o que se fala à volta do futebol deixamos à porta do Olival e concentramo-nos no nosso trabalho. Estamos atentos e ouvimos, mas não é fundamental", disse o técnico em conferência de imprensa.

Sobre as duas últimas semanas de treino sem vários jogadores que estiveram ao serviço das respetivas seleções, Sérgio Conceição admitiu que não ajuda à preparação para o SC Vila Real-FC Porto, embate relativo à 3ª eliminatória da Taça de Portugal. "Limita sempre o trabalho e a preparação dos jogos. Tivemos muitas ausências, tenho jogadores que chegaram hoje de madrugada e que ainda não vi. Nesse sentido, sem dúvida que interfere, e de que maneira, na preparação do jogo. Se calhar, a equipa que vai entrar neste jogo tem a ver com isso", admitiu.

Para Sérgio Conceição, o SC Vila Real merece todo o respeito por parte do FC Porto, mas reconheceu "que há uma diferença de qualidade". Contudo, não basta ser dragão para vencer o jogo.

"É sempre um jogo de Taça e temos de estar precavidos para estes jogos. É uma competição pela qual tenho muito apreço e muito carinho. Tive a oportunidade de ganhar a Taça com o FC Porto como jogador e infelizmente não a consegui ganhar como treinador pelo SC Braga. É um sonho que tenho, ganhá-la como treinador. É uma competição bonita que concluiu uma época desportiva num grande dia de festa. Representamos o FC Porto, onde todas as competições são para ganhar. Preparámos o jogo com toda a seriedade, ainda que com limitações, e com o máximo respeito pelo adversário. Não é por jogarmos contra amadores que vai haver algum facilitismo da nossa parte. No ano passado, o Vila Real jogou contra o Aves, que só ganhou nos últimos minutos. Não há jogos fáceis, mas obviamente que há uma diferença de qualidade", disse, continuando.

"Temos consciência da capacidade e qualidade que temos. Mas entrar com o símbolo e camisolas do FC Porto não chega para ganhar. Do outro lado há onze jogadores que querem fazer história no futebol português e eliminar muito o FC Porto, que é um dos favoritos a ganhar a competição. Essa exigência motivacional tem de estar presente no jogo", acrescentou.