O FC Porto desloca-se a casa do Estoril Praia esta segunda-feira para a 18ª jornada da Liga e Sérgio Conceição, na conferência de imprensa de antevisão à partida, comentou vários temas do futebol português. Um deles teve a ver com as recentes declarações de Abel Ferreira, treinador do SC Braga, que disse que "não conhecia pessoalmente" Sérgio Conceição. Contudo, o portista respondeu e afirmou mesmo que foi responsável pela ida de Abel para a equipa B dos minhotos. Tudo aconteceu em 2014/15, quando Conceição era o treinador da equipa principal do SC Braga.
"Fui eu que dei o aval ao presidente do SC Braga para ir buscar o Abel. Fui eu que fui buscar o Abel, no fundo. Trabalhámos sete meses juntos e tivemos algumas reuniões. Fiquei surpreendido quando ele disse que não me conhecia. E depois disse que preferia uma crítica a um falso elogio. Mas eu não elogiei o SC Braga. Disse zero", assegurou.
Rui Vitória também voltou a ser visado por Sérgio Conceição. Questionado sobre o que havia dito após ter comparado o técnico do Benfica a um boneco, o líder azul e branco respondeu da seguinte forma: "Tenho muito pouca vontade de me alongar mais e de falar mais. Quero esclarecer uma coisa muito importante: não voltei atrás naquilo que disse. Lamentei que um exemplo infeliz da minha parte levasse à ofensa. Falei de incoerência. Assumo aquilo que digo, sou frontal e direto. Vim aqui, depois do exemplo menos feliz que utilizei, e lamentei. Eu tenho respeito por toda a gente. Tenho respeito pelo nosso roupeiro, pelos roupeiros dos adversários, pelos vendedores de pipocas, treinadores, presidentes, treinadores. O verdadeiro limite do futebol é o respeito pela verdade desportiva. Aquilo que tenho de falar é sobre os resultados da minha equipa. Eu digo o que sinto, o que penso. Fui assim como jogador e desde que comecei como treinador e foi assim que cheguei a este patamar. A incoerência de que falei? Continuo a afirmar."
No que diz respeito à elevada carga de jogos que a equipa do FC Porto vai ter nos próximos meses, Sérgio Conceição admitiu estar feliz por continuar em todas as competições. O treinador admitiu ainda uma ida ao mercado de transferências para aumentar a qualidade e quantidade do plantel.
"Graças a Deus e ao nosso trabalho estamos em todas as frentes. Alguns clubes têm 15/16 jogos até ao final da época e nós temos, em três meses, 24 jogos. Estamos a ver de que forma é possível reforçar o plantel, ter mais uma ou outra solução, e vamos ver se é possível ou não. É como no início de época, em que estávamos condicionados pelo fair-play financeiro e tivemos de arranjar outras soluções. (...) Preocupava-me se não estivesse na final-four [da Taça da Liga]. Estamos em todas as frentes e é absolutamente normal e natural que, nos grandes clubes, se jogue de três em três dias. Era melhor se tivéssemos mais soluções, mas não quero bater sempre na mesma tecla. O que for possível, vai-se fazer", disse.
