Antigo selecionador nacional, António Oliveira fala sobre as eleições no FC Porto, marcada os dias 6 e 7 de junho e da candidatura de Pinto da Costa ao ato eleitoral.
Em artigo de opinião no jornal A Bola, o ex-jogador e treinador da equipa portista assume que, mais que um direito, “é uma obrigação” devido à situação do clube.
Para António Oliveira, as escolhas de Pinto da Costa para a sua lista têm de ser decisivas, mostrando-se esperançoso de que tenham sido escolhidos os melhores para as suas funções, sob pena de os resultados a nível desportivo e financeiro não sejam os esperados.
“Sem êxito, poderá cair-se numa espiral recessiva que pode abalar o FC Porto. Agora é o momento para quem está no centro da decisão construir uma equipa competente para vencer a crise, que repito, é muito grave”, afirmou António Oliveira.
Assumindo que resolver o estado financeiro do emblema azul e branco é a principal prioridade, o ex-selecionador considera que os resultados não podem estar dependentes da sorte e do azar.
“Os clubes que são grandes não podem depender de eventualidades, mas de factos e de rigor”, salientou.
Em relação ao regresso do campeonato, em que a equipa de Sérgio Conceição perdeu em Famalicão por 2-1, António Oliveira pensa que uma equipa que está na luta pelo título não pode ter “jogadores displicentes e desatentos”.
Ao mesmo tempo, o ex-futebolista garante que ninguém está acima do coletivo e deixa uma mensagem ao universo portista.
“É urgente mudar enquanto há tempo e exigir aos jogadores foco absoluto no jogo e na vitória. Os campeões fazem-se em todas as áreas”, concluiu.
Apesar da derrota, o FC Porto mantém-se na liderança da I Liga, fruto do empate do Benfica diante do Tondela.