Portugal
SC Braga confirma que foi alvo de ataque na A7 e fala em "cobardia"
2020-07-11 11:00:00
Bracarenses afirmam que só "por mera felicidade, não resultaram em ferimentos"

A comitiva do SC Braga foi atacada após o jogo de sexta-feira, em Paços de Ferreira, da 31.ª jornada da I Liga de futebol, divulgou hoje o clube minhoto.

"Apesar da escolta de batedores da GNR, as viaturas onde seguiam a equipa e os responsáveis do clube foram apedrejadas na autoestrada A7, já próximo da saída para Guimarães sul", pode ler-se numa nota no sítio oficial dos bracarenses.

Segundo a mesma fonte, a comitiva, que incluía o autocarro, a viatura do presidente [António Salvador] e um veículo do apoio, "foi surpreendida com o arremesso de pedras de grandes dimensões, atiradas a partir da berma e que, por mera felicidade, não resultaram em ferimentos (…) que poderiam revestir-se de enorme gravidade".

"O futebol não pode ser um veículo de ódios tão primários, mas cabe às forças da autoridade a tomada de ações imediatas, evitando a todo o custo que chegue o dia em que lamentemos consequências mais dramáticas", avisa o clube ‘arsenalista', adiantando já ter apresentado queixa policial.

O SC Braga goleou o Paços de Ferreira por 5-1 e manteve a quarta posição da I Liga, com 56 pontos, a três do Sporting, terceiro classificado.

Comunicado na íntegra:

"Por dever de denúncia pública, o SC Braga confirma as notícias que dão conta de que a sua comitiva foi atacada na viagem efetuada após a vitória em Paços de Ferreira. Apesar da escolta de batedores da GNR, as viaturas onde seguiam a equipa e os responsáveis do Clube foram apedrejadas na autoestrada A7, já próximo da saída para Guimarães Sul. A comitiva – que incluía o autocarro, a viatura do Presidente e um veículo de apoio – foi surpreendida com o arremesso de pedras de grande dimensão, atiradas a partir da berma e que por mera felicidade não resultaram em ferimentos que, dado o porte dos objetos e a velocidade a que seguiam as viaturas, poderiam revestir-se de enorme gravidade para os elementos que integravam a comitiva.

Se a cobardia daqueles que levam a cabo tais ataques não pode sequer ser adjetivada, importa porém alertar consciências e tomar medidas de escrupulosa severidade para que tais atentados à vida humana não se repitam. O futebol não pode ser um veículo de ódios tão primários e de comportamentos criminosos, mas cabe às forças da autoridade a tomada de ações imediatas, evitando a todo o custo que chegue o dia em que lamentemos consequências mais dramáticas. Quem repetidamente age na impunidade e coloca em risco vidas alheias não pode ter lugar na nossa sociedade e deve ser encarado como uma séria ameaça à mesma e à segurança que todos prezamos.

O SC Braga já apresentou as devidas queixas policiais e acompanhará ativamente este processo, que se espera exemplar e dissuasor de episódios futuros."

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