Portugal
Rui Pedro Soares está "satisfeito" com Domingos no Belenenses, mas quer "mais"
2017-12-12 10:30:00
Há cinco anos à frente da SAD do clube, administrador faz balanço positivo e desvenda projetos futuros

Rui Pedro Soares está à frente da SAD do Belenenses há cinco anos e faz esta terça-feira um balanço positivo deste trajeto, deixando um recado à direção do clube: "com ameaças e chantagens" o clube não vai ter paz. O administrador abordou ainda a atualidade, garantindo estar "satisfeito" com o trabalho de Domingos, mas à espera de "mais" pontos, desvendando depois alguns planos futuros. 

"Estamos satisfeitos com Domingos, mas devíamos ter mais pontos e mais à frente vamos ter de os recuperar. O objetivo assumido foram os 40 pontos e queremos, sempre, ficar na primeira metade da tabela", admitiu Rui Pedro Soares em entrevista ao jornal "A Bola", ante de rejeitar comentar a saída de Hugo Viana do cargo de diretor desportivo: "Hugo Viana decidiu sair, terá de ser ele a explicar porquê". 

O administrador da SAD dos azuis do Restelo garantiu ainda que tem dois jogadores contratados para a próxima época e que tem recebido várias abordagens por jogadores do plantel. "Ainda na semana passada rejeitei uma proposta pelo Nuno Tomás", revelou. Rui Pedro Soares confirmou ainda a criação de uma equipa B na próxima época, rejeitando o cenário de a equipa não poder utilizar o Restelo num futuro próximo, fruto da "guerra" entre SAD e clube.. 

"É preciso um presidente que tenha como objetivo o crescimento do Belenenses. Este presidente [Patrick Morais de Carvalho] permitiu três anos negros, foi erguido um muro entre o clube e a SAD, prosseguiu numa estratégia que foi um falhanço inequívoco. Ele tem de ter a humildade de perceber se é capaz de construir uma nova paz. À base de chantagem e ameaça de certeza que não vai ser", atirou. 

Rui Pedro Soares definiu ainda o antigo técnico Sá Pinto como uma vítima deste desentendimento no Belenenses. "Sá Pinto ficou na história do Belenenses e o erro que poderei ter cometido foi não o ter convencido a continuar. O Sá Pinto foi a primeira vítima das guerras entre clube e SAD, pois desde o início teve grande parte dos adeptos a contestá-lo e a criar um ambiente muito difícil", sublinhou. 

"O balanço desportivo é bom. Quando olhamos para a situação de há cinco anos não há comparação. Do ponto de vista financeiro, a situação era catastrófica. O passivo era de onze milhões de euros e o clube perdia 100 mil euros por mês. Não tínhamos crédito e tínhamos de pagar à entrada quando queríamos ir para um hotel ou ir no autocarro para um jogo fora. Efetuámos essa recuperação e, embora queiramos mais, temos razões para estarmos orgulhosos do eu temos feito", concluiu o administrador da SAD do clube lisboeta.